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Escola

A direção da escola onde estudava Marcelo Eduardo Pesseghini classificou como "incompreensível" a acusação de que o menino tenha assassinado os pais, a avó e uma tia-avó e depois cometido suicídio.

Em nota, o Colégio Stella Rodrigues disse que Marcelo era um bom aluno e apresentava comportamento normal. O texto descreve o garoto como "um garoto dócil e alegre". Marcelo estudava no mesmo colégio desde os cinco anos. Segundo a escola, os pais Luis Marcelo e Andreia Pesseghini, ambos policiais militares, eram presentes e participativos e acompanhavam de perto o desenvolvimento escolar do filho.

O estudante Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, de 13 anos, principal suspeito de ter matado os pais, avó e tia e depois se suicidado, sabia atirar e dirigir carros. A informação foi dada pelo soldado Neto, amigo da família, que trabalhava com a mãe de Marcelo, Andréia Regina, no 18.º Batalhão da Polícia Militar (BPM).

O depoimento foi colhido ontem no Departamento de Ho­­micídios e Proteção a Pessoa (DHPP). Segundo o soldado, o pai de Marcelo, Luiz Marcelo Pesseghini, ensinava o filho a atirar. A mãe o ensinou a dirigir. Uma vizinha da família até mesmo informou em uma rede de televisão que o garoto retirava diariamente o carro da garagem. "É mais uma informação que confirma a principal linha de investigação. Marcelo matou a família, pegou o carro da mãe, foi à escola e se matou ao voltar para casa", afirmou o delegado Itagiba Franco, que comanda as investigações.

Retratação

Na manhã de ontem, durante uma hora, também foi ouvido o tenente-coronel Wagner Dimas, que era chefe de Andréia no 18.º BPM. Na quarta-feira, em entrevista a Rádio Bandeirantes, ele havia dito que não acreditava na versão de que o menino havia matado a família. Além disso, Dimas disse que Andréia havia contribuído nas investigações sobre o envolvimento de policiais do 18.º BPM com roubo a caixas eletrônicos.

Dimas recuou das declarações. Afirmou no DHPP que "foi mal interpretado ou se expressou mal" para a reportagem. Segundo afirmou, não havia nenhum investigação oficial sobre os policiais do 18.º BPM.

O amigo da família, soldado Neto, disse também que as fotos de Marcelo publicadas na imprensa são antigas. Aos 13 anos, ele informou, o jovem tinha mais de 1,60 metro. Itagiba disse também que o melhor amigo de Marcelo, de 13 anos, afirmou que o menino sempre dizia que "seria o último dia que ele iria à escola". Parecia um blefe. A promessa se confirmou na última segunda-feira.

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