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As missões de paz estão entre as principais ações das Nações Unidas. O objetivo da instituição, desde a sua criação em 1945, é evitar novas guerras e atrocidades como as ocorridas, anos antes, na Alemanha. A primeira ação ocorreu em 1948. O diretor do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil, Giancarlo Summa, explica que antes do final da Guerra Fria esse tipo de atuação não era tão recorrente. Mas, com a queda do Muro de Berlim, os conflitos internos nos países afloraram.

Para ele, o principal retorno aos brasileiros da partipação em missões é a maior visibilidade nas relações internacionais. O país é um dos 50 fundadores da ONU e, se deseja ampliar seu papel nas Nações Unidas, deve arcar com o "ônus" que isso pode trazer. "O Brasil é o país, ao lado do Japão, que mais participou do Conselho de Segurança como membro não permanente e sempre esteve envolvido com a ONU", diz Summa.

A professora de Relações Internacionais da Universidade Estadual Paulista Cristina Pecequilo afirma que é uma tradição da diplomacia brasileira participar deste tipo de atividade da ONU. "Há um compromisso com o multilateralismo e a resolução pacífica de conflitos. A participação em missões é um dos argumentos para pleitear maior participação no Conselho de Segurança." O único obstáculo do Brasil é que as reformas dependem mais de relações políticas do que um possível sucesso em missões de paz.

No início de 2010 um levantamento da ONG Contas Abertas mostrou que entre 2003 e 2009 o Brasil havia gastado R$ 703,58 milhões com o envio e manutenção de tropas no exterior. Para este ano, estão reservados R$ 140 milhões. O investimento global da ONU para 2010 e 2011 é de US$ 7 bilhões. Em quase 60 anos de missões de paz foram gastos US$ 69 bilhões. (PC)

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