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Boa notícia: a baleia-jubarte saiu da lista de ameaçados | Marina Vinhal/Wiki Commons
Boa notícia: a baleia-jubarte saiu da lista de ameaçados| Foto: Marina Vinhal/Wiki Commons

Um levantamento coordenado pelo governo identificou a existência de 1.051 espécies animais ameaçadas de extinção, em diferentes graus, entre as 7.647 espécies avaliadas por um grupo de 929 especialistas nacionais e estrangeiros.

Esse estudo, chamado Avaliação do Risco de Extinção da Fauna Brasileira, abarca o período entre 2010 e 2014, atualizando um levantamento de 2002, que analisou 1.400 espécies, classificando 627 animais como ameaçados.

Desde a lista anterior, 77 espécies deixaram a classificação de ameaçado – entre eles, a baleia-jubarte, o peixe grama e duas espécies de macaco-uacari (que só existem na Amazônia), segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que conduziu o levantamento.

Ainda em relação ao estudo anterior, 501 espécies entraram na lista dos animais ameaçados, 121 se mantiveram na lista mas pioraram o grau de ameaça (a exemplo do tatu-bola, o "fuleco" da Copa do Mundo) e 126 melhoraram o grau de ameaça (caso da arara-azul-de-lear).

Sem alteração nos últimos anos, segundo o instituto, a lista contempla 11 animais extintos, como a ararinha-azul, alvo de uma proposta de ser recolocada na natureza brasileira, a partir dos 80 animais ainda existentes no mundo.

Na avaliação do ICMBio, a comparação com a lista anterior é positiva, pois proporcionalmente há menos animais sob ameaça. O levantamento servirá de base para a lista oficial do Ministério do Meio Ambiente, a ser divulgada no segundo semestre. Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, 73% das espécies ameaçadas já estão sob algum tipo de proteção, mas é preciso mais. Entre as medidas que devem ser tomadas está a criação de uma força-tarefa de combate a ilícitos ambientais, com foco em animais como o peixe-boi da Amazônia, o boto-cor-de -rosa e a onça-pintada; a oferta da Bolsa-Verde (de R$ 100) para desestimular famílias de áreas onde há animais sob risco a colaborarem com o tráfico; além de uma determinação para que, em 60 dias, o ICMBio apresente proposta de criação de duas unidades de conservação para espécies ameaçadas, como a onça-pintada e o tatu-bola.

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