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Prevenção - Campanha este ano será regionalizada

Com o tema "Combater a dengue é um dever meu, seu e de todos. A dengue pode matar", a campanha deste ano contra a doença será veiculada de forma regionalizada, com jingles em ritmos diferenciados – samba, hip-hop, forró, entre outros. A campanha começa agora nas rádios e tevês do Sudeste e Centro-oeste e vai até o dia 24 de novembro. No Sul e Norte, será veiculada de 4 de novembro a 16 de dezembro. No Nordeste será veiculada até março de 2008.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, pregou mobilização e cobrou "postura obsessiva" da população nos procedimentos cotidianos de combate à doença, como eliminar locais de água parada, colocar areia nos vasos de plantas, cobrir bem tonéis e caixas d’água, entre outros.

Belo Horizonte – Durante o lançamento da campanha nacional de mobilização contra a dengue, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, admitiu ontem que o país vive uma nova epidemia da doença e classificou como "injustificável" e "inadmissível" o número de 121 mortes registradas nos primeiros nove meses deste ano. Segundo Temporão, o alto índice de óbitos significa deficiência no atendimento à forma hemorrágica da doença. Conforme dados do Ministério da Saúde, de janeiro a setembro deste ano, o país registrou 481,3 mil casos da doença, o que representa um aumento de quase 50% em relação ao ano passado.

O ministro informou que, desse total, 1.076 pessoas contraíram a dengue hemorrágica, principalmente nos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Maranhão. No quadro comparativo com 2006 do número de casos notificados, a região Sul foi a que apresentou maior curva ascendente (828,16 %), seguida por Centro-oeste (99,95%), Norte (31,34%), Nordeste (30,43%) e Sudeste (19,81%).

No Sudeste, o crescimento do número de casos foi puxado pelos estados do Rio de Janeiro (75,64%) e São Paulo (20,75%) – com um total de 64.310 notificações até setembro, contra 53.259 no mesmo período do ano passado. Minas e Espírito Santo apresentaram resultado negativo: 5,22% e 27,92%, respectivamente.

"É uma epidemia e essa epidemia é preocupante", disse Temporão, citando a dificuldade de se combater o mosquito transmissor aedes aegypti e o vírus por sua variedade de sorotipos, o que "coloca obstáculos" ao desenvolvimento de uma vacina. "Infelizmente, essa vacina não está no horizonte próximo", destacou o ministro, que antes de lançar a campanha se reuniu com especialistas em Belo Horizonte.

Temporão chamou a atenção para a capacidade de transmissão do mosquito. Por isso, a preocupação mais imediata, salientou, é tentar zerar o número de mortes. "O índice que nós alcançamos é inadmissível, o que demonstra um problema de atendimento, uma fragilidade da organização do sistema de saúde."

Paraná

Em reportagem publicada no dia 6 de setembro deste ano, na Gazeta do Povo, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que o Paraná registrou 24.462 casos confirmados de dengue até o dia 31 de agosto, 30 vezes mais do que no mesmo período de 2006, quando foram 803 casos. Segundo a Sesa, 23.557 vítimas são autóctones, ou seja, contraíram a doença no próprio estado. O quadro preocupa as autoridades sanitárias, porque, se cuidados não forem tomados, a doença, que já provocou a morte de 7 pessoas em 2007, pode bater novos recordes em 2008.

Em todo o estado, 144 dos 399 municípios tiveram casos de dengue neste ano. Maringá aparece na frente, com 5.267 casos.

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