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Palmas é a capital brasileira que apresentou, entre 2000 e 2010, a maior taxa média de crescimento anual de população, segundo dados do Censo Demográfico 2010, divulgados nesta sexta-feira (29). A informação faz parte da Sinopse do Censo Demográfico 2010, que apresenta os primeiros resultados definitivos do último recenseamento.

Segundo o IBGE, alguns números divulgados preliminarmente em novembro de 2010 foram ajustados, a exemplo do total da população, com a inclusão de estimativas sobre a população dos domicílios considerados fechados durante a coleta de dados. Os censos demográficos são realizados no Brasil a cada dez anos. Participaram desta edição, segundo o IBGE, cerca de 230 mil recenseadores, supervisores, agentes censitários e analistas censitários. A coleta do Censo 2010 foi realizada entre 1º de agosto e 30 de outubro de 2010.

De acordo com o Censo 2010, na capital do Tocantins, a taxa de crescimento foi de 5,2% em dez anos. O segundo lugar, entre as capitais, é ocupado por Boa Vista, em Roraima (3,55%), seguido de Macapá, no Amapá (3,46%). Já a capital brasileira com a menor taxa média de crescimento anual no período foi Porto Alegre (0,35%), seguida por Belo Horizonte (0,59%).

"A população de Palmas foi a que mais cresceu entre as capitais em função do crescimento migratório. Como o Tocantins é um estado criado recentemente, há muita migração", afirmou Fernando Albuquerque, gerente de Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE.

No Censo 2010 foram pesquisados 5.565 municípios, que tiveram sua participação relativa nas Regiões Nordeste (32,2%), Sudeste (30,0%) e Norte (8,1%) inferior à calculada com os 5.507 municípios existentes no Censo 2000. As regiões Sul e Centro-Oeste, com 21,3% e 8,4%, respectivamente, aumentaram suas participações no número de municípios do país, já que na última década foram essas regiões as mais contempladas com novos municípios.

Cidades mais populosas

Entre os municípios mais populosos do Brasil, Manaus foi o que registrou maior taxa média anual de crescimento, com 2,51%. A população residente na cidade em 2000 era de 1.405.835 habitantes. Em 2010, o número passou para 1.802.014. A menor taxa média de crescimento anual foi registrada em Porto Alegre.

As cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, que lideram, em 2000 e 2010, o ranking dos municípios mais populosos, vêm apresentando queda na taxa de crescimento, apesar do aumento populacional em números absolutos. Em São Paulo, o número de habitantes passou de 10.434.252, em 2000, para 11.253.503, em 2010, com taxa média de crescimento anual de 0,76%. No Rio de Janeiro, onde a taxa também é de 0,76%, a população passou de 5.857.904, em 2000, para 6.320.446, em 2010.

"Essas duas cidades continuam sendo áreas de atração, mas não com tanto ímpeto quanto há algumas décadas. Os movimentos migratórios vêm diminuindo ao longo do tempo e uma das principais causas para isso é a exigência de um nível de escolaridade alto no mercado de trabalho das grandes metrópoles. Com isso, o imigrante tem dificuldade de se inserir e acaba optando por municípios onde a mão de obra é menos qualificada", disse Albuquerque.

Taxas negativas de crescimentoDos 118 municípios com até 2 mil habitantes, 61% apresentaram taxa negativa de crescimento entre 2000 e 2010. "São municípios em que há o movimento contrário do que o observado em Manaus, por exemplo. São cidades que acabam expulsando a população por não ter atividade industrial ou mercado de trabalho para absorver a mão de obra local", afirmou Albuquerque.

Já entre as 245 cidades com população entre 100 mil e 500 mil habitantes, o índice é de 1,6%. Não há cidades com taxa negativa de crescimento entre os 38 municípios com mais de 500 mil habitantes, segundo o IBGE.

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