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Brasília (AG) – O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, defendeu-se ontem em depoimento na CPI dos Bingos de acusações de corrupção em sua gestão na prefeitura de Ribeirão Preto. Durante seis horas, ele voltou a negar ter cometido qualquer irregularidade, defendeu ex-assessores e atribuiu a motivações políticas o fato de as denúncias terem reaparecido.

Palocci se mostrou tranqüilo. Teve apenas um momento de irritação, diante da insistência do senador José Jorge (PFL-PE) sobre a suposta doação de Cuba para campanha do presidente Lula em 2002. O parlamentar queria saber se o ministro acreditava que o vôo que teria transportado o dinheiro levava apenas caixas de uísque. O ministro disse que Poleto era um funcionário da prefeitura de Ribeirão Preto com quem não tinha nenhum contato. "Não posso responder essas perguntas sobre a viagem, senador. Nunca conversei com ele (Poleto). Ele já foi transformado num importante assessor meu. Pergunte a ele, que fez a viagem."

O ministro também evitou atacar ex-assessores como Rogério Buratti, autor de denúncias contra Palocci.

Por mais de uma vez senadores perguntaram ao ministro se Buratti era mentiroso, mas Palocci se esquivou: "Senador eu não quero fazer proposições nesse termo. As declarações que ele fez não são verdadeiras, mas eu não quero tratar as coisas desse jeito", disse numa das ocasiões, em resposta ao senador Arthur Virgílio (PSDB-AM).

Sobre o relatório parcial da CPI, observou que há incoerências nos documentos que mostram mais de 800 ligações entre Ademirson Silva, seu assessor especial há cerca de 16 anos, e Ralf Barquete, outro ex-assessor.

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