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São Paulo – A Câmara dos Deputados instalou ontem as 20 comissões permanentes e elegeu seus respectivos presidentes. Entre as comissões mais cobiçadas neste ano estava a de Finanças e Tributação, que será presidida por Virgílio Guimarães (PT-MG). O ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci (PT-SP), acusado de estar envolvido no escândalo da quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa e continua a ser investigado, foi escolhido para ocupar a 2.ª vice-presidência da comissão. A 1ª vice-presidência ficou com o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) foi escolhido para presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Ele foi eleito por 49 votos a favor, oito nulos e dois brancos. A CCJ é a comissão mais importante da Câmara, porque todo projeto que tramita na Casa passa por ela, que tem o poder de engavetar a matéria. A CCJ não avalia o mérito do projeto, mas analisa se a matéria é inconstitucional. Com 27 anos, Picciani será o mais jovem presidente da CCJ. "No início encontramos um pré-julgamento em função da idade, mas não podemos aceitar isso e esta comissão não aceitou", disse o eleito.

O deputado Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS) assumirá a primeira vice-presidência da CCJ. Entre os membros que farão parte da comissão estão ainda Marina Maggessi (PPS-RJ), Fernando Gabeira (PV-RJ), Ciro Gomes (PSB-CE) e ACM Neto (PFL-BA), além de Paulo Maluf (PP-SP), José Genoíno (PT- SP), Raul Jungmann (PPS-PE) e dois deputados acusados e absolvidos no escândalo do mensalão João Paulo Cunha (PT-SP) e José Mentor (PT-SP),

PT

Em disputa com as demais tendências do partido, o Campo Majoritário do PT saiu vitorioso mais uma vez na escolha dos presidentes das comissões na Câmara. O grupo conseguiu indicar os presidentes de duas das três comissões que o partido irá presidir nos próximos dois anos – Desenvolvimento Urbano e Direitos Humanos. A comissão mais importante, a de Finanças, porém, ficou com a tendência Movimento PT, do atual presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).

O Campo Majoritário contabilizou outras duas vitórias nos últimos dias: a eleição de Chinaglia para o comando da Câmara e a do líder do partido na Casa, deputado Luiz Sérgio (RJ). Embora pertença à corrente Movimento PT, Chinaglia foi eleito com o apoio do Campo Majoritário.

O Campo Majoritário tenta ganhar poder e se cacifar para o congresso do partido em julho. Na ocasião, deve ser debatida a tese do ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, que prega a diminuição do espaço dessa corrente no PT e a "despaulistização" do partido.

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