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Os adesivos racistas sumiram das placas e telefones públicos de Curitiba, mas nem por isso a propaganda nazista terminou. Os nacional-socialistas vêm adotando uma nova tática: colocar panfletos dentro de livros, em bibliotecas e livrarias. Pelo menos duas livrarias de Curitiba já foram "atacadas". "Devemos assegurar a existência de nosso povo, cultura e tradições européias", dizia um dos planfletos, que incluía um endereço eletrônico: www.valhalla88.com.

O site, hospedado em outro país, é abertamente nazista. Na seção "Ativismo", ensina militantes a fazerem este tipo de panfletagem. "Alguns bons lugares para se visitar são as livrarias e bibliotecas", informa o site. "Ao menos 50-100 livros necessitam de adesivos ou panfletos." Na antiga religião dos povos germânicos e nórdicos, "Valhalla" era o lugar para onde iam os guerreiros após a morte. Já o "88" faz referência à saudação "Heil Hitler" (o H é a oitava letra do alfabeto).

Dificuldade emocional

Para a psicóloga e professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), Shirley Valera Rialto Sesarino, é natural que adolescentes tenham atração por ideologias radicais. Na fase adulta, porém, isso pode indicar um problema. "Questionamentos e protestos chamam a atenção do jovem", diz. "Isso é transitório para a maioria. Para quem continua, suspeitamos de uma patologia. É um ‘pensamento mágico’ não superado: o adolescente pensa que pode mudar tudo, fazer tudo diferente." (JML)

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