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O governo deve anunciar ainda antes da eleição uma nova linha de crédito para o setor têxtil e de vestuário. Uma das críticas recorrentes de Geraldo Alckmin à política industrial se refere a esse segmento.

Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a medida irá estender ao setor têxtil um benefício já existente, que contempla também os ramos moveleiro e de calçados. Além dela, diz Mantega, haverá uma operação da Polícia Federal para coibir o contrabando de peças de vestuário. "Este setor merece ajuda, porque, a despeito de ser moderno, sofre com a competição dos importados e de contrabando."

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Contrapeso – Guido Mantega trabalha não apenas para ficar na Fazenda no eventual segundo mandato como para ver Henrique Meirelles fora do BC. Quem conhece Lula, porém, acha improvável que esses dois eventos venham a ocorrer simultaneamente. Sem contestação – Não que o Ph.D. em Lula descarte a hipótese de Mantega permanecer. "Com o Guido, Lula é o ministro. E ele gosta disso". Sete chaves – O diário mantido por Márcio Thomaz Bastos desde 2003 já soma 17 volumes de anotações. Recentemente, o ministro da Justiça trocou o cofre usado para guardar o material, que ele só pretende publicar muito tempo depois de encerrada a passagem de Lula pelo Planalto. Dossiê, o retorno – Por falar em MTB, há quem não aposte mais dinheiro em sua saída do governo, a despeito do desejo manifestado pelo ministro. Ele teria se tornado indispensável, dada a quantidade de fios desencapados. Castelo de Caras – Um tucano com pés no chão pergunta que bem pode fazer à campanha de Geraldo Alckmin a imagem do almoço com endinheirados que João Dória Jr. promoverá amanhã em São Paulo, enquanto o jingle adversário martela "Lula de novo, com a força do povo".

Linha direta – O pugilato verbal entre Roberto Requião (PMDB) e Osmar Dias (PDT) rendeu à propaganda eleitoral no Paraná o apelido de "horário policial gratuito".

Fato – A despeito das negativas públicas indignadas, o governo e o PT dão de barato que o encontro entre Freud Godoy e Gedimar Passos na sede da Polícia Federal, em São Paulo, realmente ocorreu. "Isso é assumido nos corredores da PF", afirma um governista que acompanha por dentro as investigações. Recortagem – O relatório parcial do delegado Diógenes Curado foi apelidado pela oposição de "clipping", por conter pouco mais que um apanhado de notícias de jornais e depoimentos já conhecidos dos envolvidos na compra do dossiê contra tucanos. Babá – Luiz Turco é o dirigente do PT paulista encarregado de pajear Hamilton Lacerda, zelando para que o homem da mala, ex-braço direito de Aloízio Mercadante, não "alopre" de vez e saia por aí dizendo o que não deve. Aqui, não! – Alheia à existência de uma resolução que disciplina a divisão dos gabinetes do Senado, Heloísa Helena (PSol-AL) tem dito que não passará o seu a Fernando Collor (PRTB), eleito para substituí-la a partir de 2007. Banco imobiliário – O gabinete de Ney Suassuna (PMDB-PB), que não conseguiu se reeleger, é dos mais cobiçados pelos colegas de Senado. O peemedebista promoveu ali uma reforma com direito a arquiteto, paisagista e tevê de plasma. Dois pesos – Aliados de Roseana Sarney observam: o PFL quer punir a candidata ao governo do Maranhão por apoiar Lula, mas nada fez contra ACM na época em que o senador se entendia às mil maravilhas com José Dirceu, pré-crise do mensalão.

TIROTEIO

* Do historiador Marco Antonio Villa sobre o presidente Lula e seu neoaliado Agnaldo Timóteo (PP), cantor e vereador paulistano:

– Cada país tem o presidente e as citações que merece. Uns citam Catão, Cícero ou Péricles. Nós temos Lula elogiando Agnaldo Timóteo duas vezes em uma semana.

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