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São Paulo – A presença do Papa no mosteiro de São Bento derrubou o movimento do comércio na região a três dias do Dia das Mães. Lojistas reclamam que a multidão espantou clientes e que as vendas chegaram a cair 70%. Os restaurantes da região tiveram movimento normal.

"Todo mundo esperava que ia ficar lotado, mas muita gente ficou sem tempo de comprar’’, disse Alexandre Belo da Silva, dono de uma loja de artesanato. Segundo Silva, o faturamento caiu pelo menos 50% entre terça e quarta-feira.

As balconistas Janaína Santos e Sirley Cardoso disseram que a loja de bijuterias onde trabalham, na rua 25 de Março, atendeu a um terço do número de clientes que costuma receber. Elas aproveitaram o horário do almoço para tentar ver o Papa na sacada do mosteiro.

Caiu também para um terço do normal o faturamento de lojas na galeria Shopping Mardones, da rua Constituição, segundo a comerciante Lygia Chaves, 18. "Pensei que fosse ser o contrário, com o Dia das Mães.’’

Enquanto isso, a venda de doces dentro da basílica do mosteiro registrou movimento acima do normal. Houve fila para comprar os doces dos monges, mas o bolo em homenagem a Bento XVI esgotou há dois dias. As medalhinhas do Papa acabaram ontem por volta das 13 horas.

Já as bandeirinhas de Bento XVI empacaram. João Oliveira, 40 anos, reclamava ao carregar os artigos na praça da Sé. Ele contou que vendeu mais capas de chuva do que as lembrancinhas. "O pessoal católico é mais pão duro do que os evangélicos. Acabei saindo no prejuízo e não sei o que eu vou fazer com esse material", lamentava. Na quarta, durante a aparição do Papa na sacada do Mosteiro de São Bento, um policial o impediu de vender as bandeirinhas, justamente quando achou que iria se livrar da mercadoria.

Por outro lado, a livraria da rede Paulus, na Praça da Sé, centro de São Paulo, foi a filial que mais vendeu livros nesses dias de visita do Papa. O gerente Ari Araujo calcula que as vendas aumentaram 500% e aponta os livros escritos por Bento XVI entre os mais vendidos.

O polêmico "Sacramentum Caritatis", em que Bento XVI classifica o divórcio como uma praga, vendeu mil exemplares em abril. Mas o maior sucesso comercial são as medalhinhas do Frei Galvão.

Por custarem só R$ 1, o gerente calcula que em dois dias vendeu mais de cinco mil unidades.

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