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O papa Francisco pediu nesta quarta-feira (5) aos brasileiros que se mobilizem contra "a praga social" que representa o tráfico de seres humanos, pois "a'dignidade é igual para todos", em mensagem que enviou aos fiéis devido ao início do período da Quaresma.

"Fraternidade e tráfico de seres humanos" é o tema central da Campanha da Fraternidade de 2014 que será lançada hoje pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para o período litúrgico que começa nesta Quarta-Feira de Cinzas com o lema "Cristo nos libertou para que sejamos livres".

Assim, o papa Francisco pediu em sua mensagem aos brasileiros que se mobilizem contra a praga social que representa o tráfico de seres humanos, já que Deus pediu ao mais necessitado ser livre e ajudar a serem livres também seus irmãos.

"Não é possível permanecer indiferente sabendo que há seres humanos comprados e vendidos como mercadorias! Levemos em conta as crianças que tem seus órgãos retirados, as mulheres enganadas e obrigadas a se prostituir, os trabalhadores explorados, sem direitos, sem voz", lamentou o pontífice em sua mensagem.

"Chegando a esse ponto, é necessário um profundo exame de consciência: quantas vezes toleramos que um ser humano seja considerado um objeto, exposto para ser vendido como um produto ou para satisfazer desejos imorais?", acrescentou o papa argentino, para responder que aqueles que usam e exploram os seres humanos indiretamente se tornam cúmplices do abuso.

Francisco também pediu aos fiéis brasileiros que reflitam sobre a existência desse abuso no plano familiar. "Pais que escravizam seus filhos, filhos que escravizam seus pais, cônjuges que esqueceram o chamado desse dom, se exploram como se fossem produtos de consumo, de usar e descartar; idosos sem um lugar na sociedade e crianças e adolescentes sem voz", enumerou Francisco, que ressaltou a grande quantidade de ataques aos quais estão expostos os valores da família e da convivência social.

"Como se pode anunciar a alegria da Páscoa sem ser seres solidários com aqueles aos quais se nega sua própria liberdade?", questionou o pontífice. "A dignidade humana é igual para todos os seres humanos: quando firo a do outro, firo também a minha. É a liberdade para a qual Cristo nos libertou", concluiu.

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