Papai Noel recebe cartas de crianças carentes

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Ponta Grossa - O Papai Noel dos Correios deverá ter bastante trabalho neste ano. Nem bem a campanha começou e as agências do Paraná já receberam 500 cartas. O número de crianças carentes que fazem seus pedidos de Natal aumenta a cada ano. Em 2006 os Correios receberam 42 mil correspondências e no ano passado o volume subiu para 73 mil cartas. As cartinhas serão aceitas até o dia 12 de dezembro e os padrinhos têm até o dia 19 para embalar os presentes e entregá-los nos Correios.

O projeto, lançado oficialmente ontem, surgiu da iniciativa de carteiros sensibilizados com os pedidos infantis. Em 1997, o Papai Noel dos Correios foi adotado pela empresa. Em 2001, a iniciativa recebeu o prêmio Top Social da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil. "O projeto serviu de exemplo para muitas empresas, que hoje também atendem aos pedidos de crianças carentes no Natal", acrescenta o gerente-geral dos Correios em Ponta Grossa, Osmar Eyng.

Pena que nem todos os pedidos sejam atendidos. Em Ponta Grossa, a média de apadrinhamento é de 40%. No Paraná, no Natal passado, das 73 mil cartas endereçadas a Papai Noel, 36 mil foram selecionadas e apenas 24 mil crianças tiveram seus desejos atendidos. A assessoria de comunicação dos Correios explica que as correspondências passam por uma triagem porque muitas vêm com endereços incompletos, o que impossibilita a entrega do presente, e outras são repetidas, já que muitas crianças pensam se tratar de sorteio e enviam dezenas de cartas com o mesmo pedido.

As crianças que não têm suas cartas apadrinhadas recebem uma correspondência postada pela empresa, tendo como remetente a figura de Papai Noel, com mensagens de Feliz Natal. Nos últimos três anos, no Brasil, os carteiros receberam 1,6 milhão de cartinhas, das quais 700 mil foram atendidas.

Como os Correios não têm uma equipe específica do projeto, os voluntários são bem-vindos. Stephanie Remuska, de Ponta Grossa, voluntária no processo de seleção, diz que é muito bom participar do projeto e conta que todo ano marca presença nos Correios.

Os Correios só encaminham para adoção cartas escritas a mão e feitas por crianças carentes de até 12 anos. Elas não precisam ter selo e podem ser entregues nas agências, nas caixas de coletas ou para os carteiros.