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Belo Horizonte – O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, acusou ontem, em Belo Horizonte, partidários do PT de fazerem "apologia da mentira". Alckmin comentou as recentes declarações do governador eleito da Bahia, Jacques Wagner (PT), que afirmou que os petistas envolvidos no caso do dossiê podem estar mentindo, protegidos pelo "direito, concedido pela lei, de que o réu não é obrigado a dizer toda a verdade".

"O Brasil não gosta de mentira, nada se sustenta em cima da mentira", disse Alckmin. Para o tucano, "esta é uma visão atrasada, essa visão de poder como luta patrimonialista, esta visão de vamos tomar o poder. Para nós, o poder é um instrumento para trabalhar o serviço, para melhorar a vida da população".

Alckmin falou para uma platéia de aproximadamente 130 pessoas, formada por deputados federais e estaduais mineiros, e prefeitos de alguns municípios, no Palácio das Mangabeiras. Aos prefeitos, ele manifestou confiança de que poderá obter um bom resultado no estado, e conclamou os políticos para continuarem o esforço de campanha.

Segundo o tucano, há um sentimento silencioso no Brasil de desconforto ético. "Já tivemos um ótimo resultado em Minas no primeiro turno, e podemos fazer um esforço para ganhar a eleição no estado", disse.

Arrogância

O governador reeleito de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), acusou o presidente da República e candidato à reeleição pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, de apresentar excesso de ironia e demasiada arrogância, por achar que as eleições já teriam terminado.

Aécio comentou a participação de Lula no debate realizado segunda-feira à noite na TV Record e avaliou que, em determinados momentos, o presidente chegou até a faltar com respeito, não somente com o adversário, o tucano Geraldo Alckmin (PSDB), mas também com a sociedade brasileira.

"Pareceu que ele estava achando que as eleições já tinham terminado. Acharam isso antes do fim do primeiro turno e se surpreenderam. Pode ser que se surpreendam de novo. Arrogância e salto alto não fazem bem à candidatura alguma", afirmou o governador mineiro.

Ele se reuniu no Palácio das Mangabeiras com cerca de 130 lideranças políticas do estado, entre deputados federais, estaduais e prefeitos.

Agradeceu o empenho dos presentes na candidatura de Alckmin na última semana e também criticou as recentes declarações do governador eleito da Bahia, Jaques Wagner (PT), que, em entrevista a jornais, afirmou que os petistas envolvidos no caso do dossiê Vedoin podem estar mentindo, protegidos pelo "direito, concedido pela lei, de que o réu não é obrigado a dizer toda a verdade". "Vitória e derrota fazem parte da vida pública. O que nós não perderemos é a compostura", comentou Aécio.

O governador de Minas conclamou as lideranças para que continuem a campanha nesses últimos dias e disse acreditar que vai haver um despertar na população. Ele disse que os brasileiros vão optar por um Brasil diferente e que espera que, em Minas, Alckmin tenha um ótimo desempenho.

Alckmin saiu do Palácio das Mangabeiras e visitou rapidamente o Café Nice, um tradicional ponto de campanha no centro da capital mineira. Depois, seguiu para Manaus.

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