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Ambientalistas revelam que a falta do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) foi usada politicamente pelo governo do estado. Eles explicam que há cinco anos o governo decretou a suspensão da análise do licenciamento ambiental aos projetos de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) pela falta do ZEE, mas que, em julho deste ano, abriu exceções.

O coordenador institucional da Liga Ambiental, Tom Grando, diz que a ONG impetrou 11 ações contra grandes barragens. Segundo ele, o ZEE foi instituído como postura de estado séria, mas depois disso o estado emitiu oito normas desdizendo o que tinha sido dito anteriormente. "Em uma das ações, apontamos que as autorizações de construções de grandes empreendimentos estavam descumprindo determinação do próprio estado." Segundo ele, se o ZEE da bacia do Rio Tibagi estivesse pronto, a área seria a primeira a ser descartada para a construção de usinas.

De repente, começam a parecer usinas de interesse do governo federal e do estadual e a falta do ZEE é flexibilizada, afirma o doutor em Engenharia Ambiental e professor da UFPR, Eduardo Gobbi. Ele explica que, quando interessa, o Zoneamento Ecológico-Econômico não está pronto, mas em outras ocasiões ocorre o inverso.

O diretor de Geociências do Instituto de Terras, Cartografia e Geociências (ITCG), Oduvaldo Bessa Júnior, preferiu não comentar o assunto. Em julho, o argumento do governo na liberação foi de que as PCHs podem ser construídas desde que a produção de energia seja para consumo próprio e em seu processo de licenciamento seja apresentada a avaliação ambiental estratégica da bacia hidrográfica onde será instalada. (BMW)

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