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180 cidades do país contam com o projeto Bike Anjo, que tem mais de mil ciclistas professores.

Oriente-se

Confira dicas do bike anjo Juliano Felipe para andar de forma segura:

Fique atento

Preste atenção em todo o ambiente, e não só em seu caminho. Veja o que está a sua frente, atrás de você, e a distância dos carros.

Ocupe a faixa

Pelo Código de Trânsito Brasileiro, a bicicleta é um veículo também, obedece às mesmas regras e merece ter o mesmo espaço dos outros. Não pedale muito próximo do meio fio. Por razões de segurança, é bom que o ciclista fique no meio da faixa ou a um terço de distância do meio-fio.

Ande mais rápido

Não é bom andar em velocidade de passeio nas ruas. O motorista, quando vê que a bicicleta está indo rápido, tende a ter mais paciência com o ciclista e o respeita mais.

Cruzamentos

Quem vem de trás geralmente respeita mais a bicicleta do que quem vem de lado. Nos cruzamentos, às vezes o motorista esquece que tem uma bicicleta passando ali, ou acha que o ciclista vai frear a tempo de ele passar. Redobre o cuidado.

Sinalize

Indique com a mão quando for fazer conversões, ou coloque a mão para cima para avisar que vai frear.

Quando contava aos outros que não sabia andar de bicicleta, a cabeleireira Helena Lopes, de 43 anos, ouvia sempre os mesmos comentários. "Diziam ‘que vergonha!’, mas ninguém se propunha a ajudar", conta. Procurando por um instrutor na internet, ela encontrou o Bike Anjo, uma iniciativa de ciclistas experientes que, de forma voluntária, ensinam pessoas a dar suas primeiras pedaladas.

"Ajudamos desde crianças com sete, dez anos, até um senhor de setenta anos que quis aprender a andar. Mas a maioria são mulheres entre 30 e 50 anos, que não têm vergonha de admitir que não sabem andar de bicicleta e que precisam de ajuda", conta o bike anjo Juliano André Felipe, 26 anos, analista de sistemas. Ele é um dos cerca de 30 voluntários que atuam em Curitiba.

Felipe, que sempre usou a bicicleta como meio de locomoção em sua cidade natal, Morretes, não aguentou a saudade do hábito por muito tempo, depois que veio morar em Curitiba. Foi aí que se deparou, na internet, com o projeto. "Conheci o Bike Anjo há um ano e meio, e comecei a conversar com as pessoas que participavam. Não demorou muito e eu estava dentro", diz. Para participar da iniciativa, basta preencher o formulário e comparecer a algumas entrevistas. "Como normalmente quem procura ser bike anjo já é um ciclista experiente, é difícil que alguém seja rejeitado", explica.

Trânsito

As aulas acontecem de forma individual, combinando um horário com algum bike anjo disponível, ou de forma coletiva. Todo último domingo do mês tem a Escola Bike Anjo (EBA), na Praça Nossa Senhora de Salete, das 9 horas da manhã ao meio dia, para atender a quem quiser chegar. "Geralmente ensinamos a andar de bicicleta, mas também ensinamos a trocar marchas, passar obstáculos e a andar de bicicleta no trânsito, que é uma grande procura do pessoal que vem até nós".

Foi lá que Helena deu suas primeiras pedaladas. O sonho da cabeleireira é ir de casa, no Atuba, ao trabalho, no Água Verde, de bicicleta. "Eu tentei andar na rua, mas não consegui. Infelizmente, aqui os motoristas não têm muita paciência com ciclistas", diz.

Juliano Felipe concorda que andar de bicicleta na cidade pode ser um problema para quem não tem treino. "A estrutura cicloviária é boa para o lazer, mas não para se locomover. Por isso é importante saber andar na rua", conclui.

SERVIÇO

O Bike Anjo promove um encontro na Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico, a partir das 13h30 de domingo.

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