Brasília O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, não tem motivo para sair do governo. Essa é a avaliação do presidente do PT, Ricardo Berzoini.
"O ministro é uma pessoa seríssima e com a reputação extraordinária. Não há razão nenhuma para que ele saia do governo. O depoimento dele demonstra a tranqüilidade de quem não tem nada a esconder", disse.
A oposição defendeu a saída de Bastos do governo após a publicação da reportagem da revista "Veja" desta semana, que informa que o ministro teria se encontrado com o ex-ministro Antônio Palocci para ajudá-lo a montar sua estratégia na quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Bastos confirmou o encontro, mas negou ter participado de qualquer esquema para encobrir os responsáveis pela violação do sigilo.
Para Berzoini, a tentativa de depor antecipadamente servirá para tranqüilizar o ambiente político.
Datafolha
Sobre o resultado da pesquisa Datafolha, que mostra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na liderança, com 40% das intenções de voto, Berzoini preferiu não comemorar, ressaltando que neste ano a disputa eleitoral será difícil.
"O resultado é positivo. Mas digo sempre que pesquisas não me emocionam à essa altura do campeonato. Nem as boas e nem as ruins", avaliou.
Questionado sobre a possibilidade de algum setor da sociedade pedir o impeachment de Lula, o presidente do PT avalia que isso é "medo das urnas".
"Cada vez que sai uma pesquisa eleitoral, a oposição treme em função das urnas."
Mantega
Berzoini fez ontem uma visita ao ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo Berzoini, eles não discutiram nenhum assunto específico. "Guido Mantega terá o desafio de concluir esse mandato do presidente Lula especialmente num período de eleições. Dar tranqüilidade à economia para que nós possamos continuar gerando empregos e estabelecendo novas marcas de desenvolvimento para o país", disse.
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