• Carregando...

Um ano após ir contra à resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que obrigou os cartórios de todo o país a registrar casamentos entre homossexuais, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aponta para uma mudança de postura e se abre ao diálogo sobre o tema.

O secretário-geral da entidade, dom Leonardo Steiner, em entrevista publicada na edição desta sexta-feira (23) do jornal O Globo, diz que é preciso dialogar sobre os direitos das pessoas que decidam viver juntas, e apontou que elas precisam de um "amparo legal na sociedade".

Para dom Leonardo, tal amparo legal seria conquistado não com uma decisão do CNJ, mas com a participação e o debate de toda a sociedade, representada pelo Congresso Nacional, que deveria votar a lei.

A mudança parcial faz eco às declarações dadas pelo papa Francisco nos últimos meses. Na ocasião da Marcha Mundial da Juventude, realizada no Brasil em 2013, o pontífice afirmou que os homossexuais não devem ser julgados ou marginalizados, em outra ocasião, disse que a Igreja seria "obcecada" pelo tema, e depois questionou "quem sou eu para julgar um homossexual que procura Deus?"

Na nota divulgada em 2013, após a resolução do CNJ, a CNBB ressalvou que não se pode comparar as uniões de pessoas do mesmo sexo com o casamento ou a família, que se fundamentariam no "consentimento matrimonial entre um homem e uma mulher, abertos à procriação".

Ao ser questionado sobre as mudanças para se adaptar os novos tempos, dom Leonardo respondeu que "a igreja muda sempre(...) assim como as pessoas". "A igreja procura ler os sinais dos tempos."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]