• Carregando...
O primeiro jogo foi uma verdadeira "guerra", mas o Paraná saiu vitorioso com o convincente placar de 2 a 0 | Daniel Castellano / Gazeta do Povo
O primeiro jogo foi uma verdadeira "guerra", mas o Paraná saiu vitorioso com o convincente placar de 2 a 0| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo

Ponta Grossa – Não dar tempo para que os presos cavem buracos e serrem grades é a nova meta do policiamento no presídio Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa. A estratégia, que consiste em vistorias diárias nas alas, foi definida ontem em reunião entre policiais militares, civis e carcereiros. Nos últimos 100 dias, detentos conseguiram organizar quatro fugas – 28 fugiram e dez foram recapturados. A última, semana passada, causou constrangimento. Dois dias após anunciar reforços no prédio, com a colocação de arames farpados e mais câmeras de vigilância, dez presos conseguiram escapar.

O delegado-chefe da 13.ª Subdivisão Policial, Noel Muchinski da Mota, acredita que três fatores estão colaborando para as fugas. Por turno, apenas três carcereiros e quatro policiais vigiam os 350 presos. Enquanto nas outras penitenciárias do estado a relação é de três presos para cada funcionário, no Hildebrando está em 12 por 1. Outro problema é a superlotação, com mais do que o dobro da capacidade, que é de 172 detentos. Além disso, o delegado alega que a estrutura do prédio é frágil.

"Apesar dos esforços, os presos estão conseguindo levar vantagem sobre a polícia", lamenta o delegado, que faz questão de frisar que não houve facilitação nas fugas. Jorge Teixeira, chefe da carceragem, diz que com o número deficitário de funcionários não é possível controlar os detentos – há um concurso público previsto para maio.

O juiz da Vara de Execuções Penais Antônio Hyrcina pretende solicitar a remoção de presos para outras penitenciárias para aliviar a superlotação. Além disso, vai pedir os serviços da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para que analise processos de presos que poderiam estar livres. Em 30 dias deve estar concluído todo o aparato de reforço que também deve evitar novas fugas: o muro terá dois metros a mais; mais duas guaritas começaram a ser erguidas; e 13 câmeras de segurança, além das seis que já existiam, foram instalados.

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) informa, por meio da assessoria de imprensa, que foram feitas obras de ampliação no presídio, no ano passado, aumentando a área em 450 metros quadrados, com reforços na segurança, totalizando R$ 550 mil de investimentos.

Incidente

Na tarde ontem, um argentino preso no Hildebrando acertou um soco no olho de um policial. Pela manhã, Héctor Acosta, que está detido por invasão e porte ilegal de arma, reclamou que estava sendo agredido por outros presos. À tarde, quando recebeu comida, reagiu.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]