A confirmação de surtos de rubéola em vários estados do país fez com que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) tomasse algumas medidas para evitar que a doença se espalhe no Paraná. Desde o início do mês, quatro casos foram notificados no estado todos em Cascavel. Para evitar que outras pessoas se contaminem, a Sesa está orientando que aqueles que forem viajar aos estados onde há surto tomem a vacina antes de partir. Somente este ano já foram confirmados 1.587 casos da doença em todo o país. O estado com maior número de registros é o Rio de Janeiro, com 1.051 casos. Em seguida, vem o Ceará, com 135; Rio Grande do Sul, com 126; e São Paulo com 107 casos. Minas Gerais tem 68; Distrito Federal, 30; Espírito Santo, 27; Paraíba, 28; Goiás,12 e Santa Catarina, três.
De acordo com a responsável pela Divisão de Vigilância de Doenças Transmissíveis da Sesa, Nilce Haida, a vacina tríplice viral que protege contra sarampo, caxumba e rubéola estará disponível para essas pessoas nas unidades de saúde. "Além dos viajantes, pessoas que eventualmente tenham casos de contaminação na família passarão por uma avaliação e, se necessário, também serão vacinadas", explica.
Nilce conta que a secretaria também já providenciou materiais para testagem dos casos suspeitos e pede para que os profissionais de saúde comuniquem a Vigilância Epidemiológica quando houver suspeita da doença. Segundo ela, a principal preocupação é a contaminação de mulheres grávidas. "O bebê pode sofrer complicações como catarata, surdez, problemas cardíacos ou neurológicos. Além disso, as crianças contaminadas durante a gestação podem transmitir a doença por até dois anos", diz. A rubéola é transmitida por meio de gotículas de saliva. O indivíduo infectado começa a transmitir o vírus de 24 a 48 horas após o contato e continua até 4 ou 5 dias após o surgimento dos primeiros sintomas. Entre as manifestações da doença estão febre, manchas avermelhadas na pele e dor nas articulações.
A vacina tríplice faz parte do calendário de vacinação. A primeira dose é dada aos 12 meses de vida e depois há um reforço entre os 4 e 6 anos. No Paraná, os últimos registros da doença eram de 2002 e o último caso de síndrome de rubéola congênita, de 1999. No Brasil, o número de ocorrências vinha caindo desde 1997, quando foram registrados 32.825 casos. Em 2005, o número chegou a 351, mas no ano passado voltou a aumentar.
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