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38% foi o aumento registrado no número de homicídios em Brasília em janeiro deste ano, comparado ao mesmo mês de 2012. Do dia 1º ao dia 30, foram anotados 68 assassinatos, 19 a mais do que em janeiro do ano passado.

Após registrar aumento de 38,7% no número de homicídios em janeiro, comparado ao mesmo mês de 2012, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, prometeu acabar com a chamada Operação Tartaruga dos policiais militares. O governo acredita que o aumento da violência é resultado da ação de um grupo de PMs, que diminuiu o atendimento à população para conseguir mais salário e outros benefícios. As informações são da Agência Brasil.

A Secretaria de Segu­rança Pública informa que do dia 1.º de janeiro até a manhã da última quinta-feira foram anotados 68 homicídios, 19 a mais do que em janeiro do ano passado. Na média, são mais de duas mortes violentas por dia.

As ações do governo ocorrem depois do assassinato de Leonardo Almeida Monteiro, de 29 anos, na quarta-feira. Leonardo voltava da academia e estacionava o carro na porta do prédio onde morava em Águas Claras (região administrativa do DF) quando foi abordado por três homens. Ele tentou correr, mas foi atingido no pescoço.

Os policiais militares iniciaram em outubro de 2013 uma operação para pressionar o governo a dar reajuste salarial, reestruturação da carreira e pagamento de benefícios a PMs em atividade e os reformados. O movimento consiste em diminuir a resposta a situações de crime e violência.

Diversos cartazes espalhados pela Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares dizem que o movimento será encerrado quando o governo negociar com a categoria. Hoje, o governador Agnelo Queiroz reuniu o comando da Polícia Militar. Para ele, o movimento dos policiais tem motivação política.

"A vida é a coisa mais importante. A vida é mais importante que a política. Por isso é que a PM tem a obrigação de garantir a segurança pública. Nossa PM tem comando. Não [podemos] admitir, em hipótese alguma, que meia dúzia de pessoas, com atitudes inclusive covardes, possam colocar em risco a segurança do nosso povo", disse Queiroz sem detalhar as medidas que serão tomadas.

Segundo o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Anderson Carlos de Castro Moura, a ordem é para que os militares, inclusive coronéis e comandantes, trabalhem todos os dias, até que seja restabelecida a sensação de segurança na população.

"Nós temos os nossos regulamentos disciplinares e de ética, que regulam as atividades da polícia, como sindicâncias, conselho de disciplina, de justificação, para analisar e individualizar a atividade de qualquer militar", disse Moura.

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