A mudança no fundo de previdência dos servidores estaduais não mobilizou apenas professores da rede estadual de ensino. Professores e funcionários das sete universidades estaduais também aprovaram paralisações, além de servidores da saúde e agentes penitenciários. Já o governo estadual critica as mobilizações, alegando que não há uma pauta de reivindicações. Como a nova lei da previdência já foi sancionada, os sindicatos agora se reúnem para definir os rumos dos protestos.

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Até quarta-feira (6), os 11 sindicatos de docentes e funcionários ligados às universidades realizam assembleias para discutir os rumos das mobilizações. Docentes da Unioeste, Unicentro e UEPG já haviam aprovado a continuidade na semana passada. UEL, UEM e Unespar também decidiram manter o movimento e havia assembleias em andamento às 20h45 de segunda-feira (4). Procurada, a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior enfatizou que uma liminar do Tribunal de Justiça do Paraná determina o fim da greve nas universidades, sob pena de multa.

O Sindarspen aprovou uma paralisação de três dias, na semana passada, durante o trâmite do projeto da previdência. Os trabalhos já voltaram ao normal. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Segurança Pública, serviços rotineiros ficaram prejudicados no período, como o banho de sol dos presos.

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O Sindsaúde também aprovou uma paralisação contra as mudanças na previdência, mas o número de adesões não foi revelado. “Os servidores da saúde estão sofrendo muito assédio moral, muita pressão. O servidor está acuado”, afirma Elaine Rodella, diretora do Sindsaúde.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde informou que foi registrado um pequeno número de faltas na quarta-feira da semana passada. Ainda segundo a assessoria não houve pressão, mas apenas um comunicado aos servidores de que as faltas seriam descontadas dos salários.

Os mesmos sindicatos prometem engrossar nesta terça-feira (5) a mobilização da sociedade civil marcada pelas redes sociais devido à ação da Polícia Militar contra os professores, na última quarta-feira.

Colaborou Antonio Senkovski