O professor da Universidade Estadual de São Paulo (USP), Samuel Feldberg, afirma que existem dois sistemas judiciais no Líbano. Um é mais liberal e o outro mais ortodoxo. De acordo com Feldberg, esta diferença ocorro porque o Líbano é formado por culturas muito diferentes. Os cristãos são mais abertos e os muçulmanos seguem as determinações da religião. "A cultura islâmica é machista frente aos padrões ocidentais, por isso o marido tem poder sobre a mulher", diz.
Eduardo Gomes, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, afirma que em locais mais retirados, como pequenos vilarejos, predomina a lei muçulmana, e neste caso, Nariman seria julgada nestes tribunais. O professor acredita que é uma questão de diferenças culturais. "Os direitos humanos estão atrelados à cultura ocidental, é outro paradigma", afirma.
Feldberg, que é membro do grupo de análise de conjuntura internacioal da USP, também lembra que hoje no Líbano existe a guerrilha Hezbollah e que isso aumentou o ortodoxismo do país. Ele afirma que os direitos da mulher são reconhecidos no país, que é hoje uma democracia, mas não se fala nas violações. "Não se discute a questão de gênero no país, pois é considerada uma questão privada."
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