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Incompetência e corrupção policial, sistema penitenciário brutal, aumento da procura pelo Poder Judiciário a partir de 1988 e uma séria tendência a julgar e punir somente os criminosos pertencentes às camadas mais baixas da sociedade. Estes são os fatores que mais contribuem para a impunidade no Brasil – pelo menos na visão dos conferencistas que participaram nesta quinta-feira do painel "Judiciário e Impunidade", durante o 19.° Congresso Brasileiro de Magistrados. O evento da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) termina hoje, em Curitiba.

Para o advogado constitucionalista e professor Luís Roberto Barroso, a impunidade tem origem no início do processo – a investigação criminal. "As polícias Federal e Civil têm um problema dramático de aparelhamento, recrutamento e treinamento. A isso se soma uma cultura histórica de truculência, como forma de compensar falhas técnicas de investigação", afirmou.

Para Barroso, o sistema penitenciário também contribui com a impunidade. "Há as penas de falta de higiene e de condições mínimas de vida. Estas penas muitas vezes o Judiciário considera excessivas. Uma das causas da impunidade é esse colapso do sistema", disse. Para ele, a falta de certeza da punição gera "instâncias justiceiras". "A imprensa julga e condena, as CPIs suprem parte da demanda por Justiça. Outra instância é a dos grupos de extermínio."

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