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As dificuldades enfrentadas pela dona de casa Ana Valéria Rojo Meireles e pelo catador de papel João Milan, no município de Terra Boa, Centro-Oeste do Paraná, não são poucas. Eles têm de batalhar muito para conseguir pagar as contas e, às vezes, a única saída é pedir ajuda aos parentes. Mesmo assim, eles continuam não sendo beneficiados pelo Bolsa Família por estarem acima do limite de renda.

A família de Ana Valéria, de 44 anos, sobrevive com os R$ 415 de pensão de um dos filhos, com síndrome de Down, e mais R$ 380 que o marido ganha no corte de cana-de-açúcar. "Parte desse dinheiro é reservada à farmácia. Sobra o mínimo para manter a casa e comprar roupas e material escolar. Não passamos fome porque recebemos ajuda do sogro", diz Ana, que mora de favor em uma casa de madeira e que há dois anos tenta conseguir o benefício.

O aposentado João Milan, de 60 anos, também espera pela ajuda. "Fiz o cadastro (do Bolsa Família) recentemente", comenta. Para complementar a aposentadoria de R$ 415, ele foi obrigado a achar uma nova ocupação: "Tenho de catar papel na rua para não passar fome." Milan recebe cerca de R$ 300 por mês com a venda do material reciclável.

De acordo com o auxiliar administrativo responsável pelo Bolsa Família em Terra Boa, Willyan Fábio Gatto, as famílias da dona de casa e do catador de papel, por ultrapassarem o limite da renda exigida pelo programa, não têm direito ao auxílio. "Caso as famílias estejam passando por dificuldades, devem procurar a prefeitura para ser enquadradas em outros programas", orienta.

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