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Brasília (Folhapress) – A oposição chamou de "deprimente" a entrevista concedida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao programa Fantástico, que foi ao ar no domingo. Por outro lado, governistas procuraram enxergar um presidente que tenta deixar para trás a crise política.

"Foi uma entrevista que mostrou a falência espiritual e a moratória moral do governo. Vi uma cena deprimente, um presidente desencantado com ele mesmo", disse o líder do bloco de oposição na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA).

Relator da CPI dos Correios, o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) rebateu a afirmação do presidente de que apenas o relatório final terá valor. "O texto que apresentei até agora também tem valor e é um documento de tudo que fizemos até agora. Também tem caráter final."

Provas

Segundo ele, o presidente também devia deixar claro qual o seu conceito do que são "provas". "Nosso trabalho já demonstrou tudo que colocamos no texto. O que ele quer? Que apareça um documento dizendo que o ‘mensalão’ existe, assinado por todos os envolvidos?", questiona o relator.

Para o líder do PSDB, deputado Alberto Goldman (SP), a entrevista foi "triste".

"O presidente me parece um homem perdido, alienado dos problemas. Não tem consciência do que acontece ao seu redor", declarou.

Exemplo disso, segundo o tucano, é o fato de Lula não reconhecer que os empréstimos apresentados pelo PT como fonte do "valerioduto" seriam forjados.

O líder do PFL, Rodrigo Maia (RJ), afirmou ter ficado indignado com a "audácia" de Lula ao dizer que a oposição, no futuro, terá de pedir desculpas a ele. "A entrevista foi catastrófica."

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