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Os municípios apontados como réus na ação pública que resultou na determinação de conservar fechada a Estrada do Colono vão recorrer da decisão no Tribunal Regional da 4.ª Região. Segundo o prefeito de Capanema, Mílton Kafer, a sentença da Justiça "foi contra o desejo de uma população inteira". "Além dos prejuízos financeiros para as regiões Oeste e Sudoeste, têm de ser levados em conta os ônus sociais. Famílias distantes 20 quilômetros foram separadas por 200 quilômetros", disse.

Segundo ele, desde 1986 o município perdeu aproximadamente 12 mil habitantes, passando a ter cerca de 18 mil pessoas. Além da queda na arrecadação causada pelo êxodo, empresários desacreditados no desenvolvimento deixaram de investir em Capanema. "Os prejuízos são incalculáveis".

Com a decisão da Justiça, o prefeito disse acreditar que a população do entorno passará a ter o Parque Nacional do Iguaçu como adversário do desenvolvimento: "Vai causar mais raiva, mais ódio. As pessoas que caçam ou extraem palmito (da reserva) vão fazer isso sem peso na consciência", advertiu.

Ainda distrito de Medianeira na época do fechamento da estrada, Serranópolis do Iguaçu não figura no processo que tramita na Justiça. Mesmo assim, o prefeito da cidade, José Arlindo Sehn, mostrou disposição em apoiar Capanema.

Em defesa da abertura, foi criada a Associação de Integração Pró-Estrada do Colono (Aipopec). Ontem, o antigo coordenador da entidade e ex-prefeito de Medianeira, Luiz Suzuke, disse que só irá se pronunciar quando se inteirar da decisão. (NF)

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