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Ao analisar os três anos de implementação do cartão do usuário na Rede Integrada de Transporte (RIT), o primeiro benefício a ser lembrado por quem trabalha e opera o sistema é a segurança.

"Sem dúvida, o sistema ficou mais seguro. Ao contrário do que acontecia com os vales metálicos, não há como se falsificar ou fraudar o cartão", explica o diretor administrativo-financeiro da URBS, Ricardo Smijtink.

Os números fornecidos pela Urbs comprovam essa evolução. Quando encerrou o recolhimento dos vales metálicos, a Urbs tinha em mãos 50 milhões de fichas, das quais 12 milhões eram falsas.

Com o cartão, uma irregularidade só é possível com a participação de um agente público, no caso, os cobradores.

Em seis meses de fiscalização, dez cobradores foram detidos por utilizar o cartão de forma desonesta.

"Eles utilizavam cartões de isentos para permitir o embarque de pessoas que já haviam pago em dinheiro", explica Smijtink. "A diferença é que o cartão permite um controle maior sobre a movimentação do usuário. Se houver uma denúncia, a Urbs pode verificar pelo sistema que um determinado cartão está garantindo dez, quinze viagens por dia. Com o vale não havia essa possibilidade", afirma o presidente do Setransp, Rodrigo Corleto Hoelzl.

Há cerca de um mês e meio a Urbs começou o recadastramento de todos os 36,7 mil cartões de isentos utilizados na Rede em busca de irregularidades para racionalizar a distribuição do benefício. Todos os cartões que estão sendo usados em desacordo com a legislação municipal serão bloqueados.

Nessa primeira fase do recadastramento, que vai até o fim de setembro, serão verificados os 13,8 mil cartões de pacientes de instituições médicas conveniadas à Secretaria Municipal de Saúde, das entidades de apoio aos portadores de necessidades especiais credenciadas pela Fundação de Ação Social, e os dos centros de educação especial da Secretaria Municipal de Educação.

Até agora, já foram revisados 5 mil cartões dos pacientes em tratamento médico, dos quais 2,3 mil foram bloqueados. "Já esperávamos que a maioria dos problemas fosse detectada nessa primeira fase, porque o tratamento médico pode ser interrompido ou o paciente pode ter alta. Nas próximas fases, com deficientes e aposentados, a tendência é de um número muito menor de bloqueios", afirma o gerente de fiscalização da Urbs, Edson Berleze.

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