Brasília O WWF-Brasil atribui a redução da taxa de desmatamento na Amazônia, pelo segundo ano consecutivo, a uma vitória da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, mas ressalta que é fundamental agora dar condições de governança para que a queda ocorra sempre. Segundo o WWF, isso só poderá acontecer se houver metas claras para a redução contínua do desmatamento, mais recursos para o plano de combate ao desmatamento, linhas de crédito para manejo florestal e um sistema de licenciamento integrado entre os estados.
Para o WWF, as reduções atuais são resultantes de várias iniciativas pontuais e conjunturais, como a valorização do real frente ao dólar, a queda nos preços da soja e da carne no mercado internacional nos últimos dois anos e a criação do plano de combate ao desmatamento.
"Não podemos continuar reféns de conjunturas e ações pontuais para conservar a floresta amazônica. Precisamos imediatamente fortalecer o plano de combate ao desmatamento", afirma Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil.
Segundo o WWF, a redução da taxa de desmatamento na Amazônia influi diretamente nas mudanças climáticas. Cerca de 75% das emissões brasileiras de gases causadores do efeito-estufa são provenientes das queimadas feitas para desmatar. Quando esse índice é levado em conta, o Brasil se torna o quarto país no "ranking" dos vilões do aquecimento global.
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