A 2ª Parada pela Diversidade Social de Cascavel, no Oeste, foi realizada na manhã deste sábado (24), no centro da cidade, com a participação de centenas de pessoas. As atividades ocorreram durante toda a manhã e atraíram pessoas que passavam pelo calçadão da Avenida Brasil e pararam para assistir às apresentações culturais. O evento também chamou a atenção para o fim do preconceito contra homossexuais, transexuais, negros, cultura e religiões africanas.
De acordo com Jefferson Kaibers, um dos organizadores da parada, o objetivo é conscientizar sobre o respeito à cultura do "ser diferente". "É a celebração da diversidade; ser diferente é normal, todo mundo é diferente", diz.
Segundo ele, em Cascavel ainda há muito preconceito que precisa ser quebrado. "Cascavel precisa crescer culturalmente nesse sentido, para se tornar uma metrópole acolhedora. A gente perde o preconceito conhecendo e convivendo",declara.
A transexual Maisa Regina Francener afirma que é preciso aprender a viver em paz, mas não tem boas expectativas de mudanças de comportamento da população de Cascavel, que, segundo ele, ainda é fechada. Nos 24 anos em que mora na cidade, Maisa afirma que já foi vítima de preconceito muitas vezes. "São agressões contínuas que vêm de pessoas anônimas, ameaças na rua. Isso aos poucos vai minando a gente, vai roubando as forças, roubando a paz", declara.
Cansada das agressividades e discriminação até nos locais de trabalho por onde passou, Maisa diz que está mudando para Curitiba nos próximos dias. "Talvez com as novas gerações daqui uns 10 ou 30 anos pode ser que mude [o comportamento preconceituoso], mas, por enquanto, sem perspectiva de mudança".
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