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| Foto: Cesar Machado/Gazeta do Povo

Cerca de 200 táxis não rodaram ontem em Curitiba por causa de uma paralisação dos motoristas do setor que trabalham para empresas. A ação foi decidida em assembleia e deve durar até hoje. Eles querem renegociar a tabela de taxas que pagam às empresas.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado do Paraná (Sitro), que representa a categoria, cerca de 90% dos 212 carros ligados a empresas de táxi estão parados na cidade na manhã desta quarta. Esses taxistas não são autônomos, mas sim registrados no regime de CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

O secretário-geral do Sitro, Jaceguai Teixeira, diz que o valor pago na atual tabela pelos empregados às empresas causa prejuízo aos trabalhadores. "Os novos táxis – 700 ao todo – que começaram a rodar na cidade diminuíram a demanda e os ganhos. Os motoristas pagam valores altos mesmo sem rodar", reclama.

Esses taxistas registrados em CLT estão em época de data-base e pedem renegociação da atual tabela de custo de quilômetros rodados por dia na cidade. Também querem diminuição do valor pago às empresas nos dias de prestação de contas – segundas, quartas e sextas, quando os taxistas têm que se deslocar até as empresas para realizar o pagamento e, como consequência, gastam mais com combustível para rodar pela cidade.

Outra reivindicação é o vale-alimentação de pelo menos R$ 10, além do fim da cobrança de 15% a mais nas tabelas de quilômetro rodado nos meses de dezembro.

A Urbanização de Curitiba (Urbs) informou que não vai interferir na negociação entre patrões e empregados. Atualmente são 16 empresas que controlam 212 placas de táxi em Curitiba. Elas estão legalizadas desde 1972 e foram as primeiras a iniciarem operações de táxi na capital. Desde 1975, segundo a Urbs, o regimento da capital passou a abrir licitações somente para pessoas físicas, mas mantém legalizadas as empresas.

A reportagem entrou em contato com o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros em Automóvel de Aluguel e, por meio de assessores, o presidente do sindicato, Edson Nicola Lima, disse que não vai se pronunciar por enquanto.

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