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Os atos englobam funcionários e professores das universidades federais e de outros órgãos, como o Incra, INSS e o IBGE | Henry Milleo / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Os atos englobam funcionários e professores das universidades federais e de outros órgãos, como o Incra, INSS e o IBGE| Foto: Henry Milleo / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Servidores federais fizeram um dia de paralisação nesta quarta-feira (25). Os atos envolveram funcionários e professores das universidades federais e de outros órgãos, como o Incra, INSS e o IBGE.

Alguns cursos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) não tiveram aulas nesta quarta-feira, de acordo com a Associação dos Professores da UFPR (Apufpr). A entidade não fez o balanço de quantos cursos suspenderam as atividades nesta quarta. "Os cursos que dependem de laboratórios, como os de Informática e Biológicas não têm como ter aulas nesta quarta, pois não há servidores para atender. Os laboratórios estão fechados", afirmou o presidente Apufpr, Luis Allan Künzle.

Os restaurantes universitários (RUs) da UFPR também não funcionaram nesta quarta-feira, de acordo com o Sinditest, sindicato que representa os servidores técnicos-administrativos. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da UFPR. Outros serviços, como bibliotecas e laboratórios, funcionaram parcialmente.

"Reduzimos o contingente administrativo, nem tudo está paralisado. Depende do servidor, tem gente que não parou", segundo a diretora do Sinditest, Ana Paula Coelho. Ela não soube dizer o que parou ou não.

Protestos

Servidores federais de 31 entidades e professores de quatro universidades (UFPR, UTFPR, Universidade Federal da Integração Latino-Americana e Instituto Federal do Paraná) participaram de uma passeata da Praça Santos Andrade até a Boca Maldita nesta manhã. O ato estava previsto para começar às 10 horas, mas foi iniciado por volta das 10h40.

Os manifestantes trafegavam pela Rua Marechal Deodoro e o trânsito estava lento, por volta das 10h50. O trânsito ficou bloqueado no cruzamento com a Barão Rio Branco por 10 minutos. Carros, ônibus e motos seguiram pela pista à esquerda. Nenhum ônibus foi desviado.

O grupo chegou à Boca Maldita, por volta das 11h20, e discursos eram feitos para chamar a atenção da população para a paralisação.

Em outro protesto, no Guabirotuba, o trânsito foi bloqueado no cruzamento da Rua Alcides Terezio de Carvalho, com a Avenida Senador Salgado Filho, por volta das 10 horas. O trânsito ficou lento na região, por volta das 11h50, de acordo com a Secretaria Municipal de Trânsito.

Reivindicações

Os servidores técnico-administrativos da UFPR reivindicam reajuste salarial de 22,5% e implantação de um período para a negociação coletiva.

A mobilização se repetirá nos dias 9 e 10 de maio e poderá culminar em uma greve nacional - caso o governo ignore o pedido e não se disponha a negociar essa e outras reivindicações da categoria.

Os professores da UFPR re reuniram com o governo federal nesta tarde para negociação das reivindicações de professores para reestruturação da carreira e criação de uma política salarial para a categoria. "Hoje um professor com doutorado tem um salário inicial menor que o mesmo de um escrivão da Polícia Federal. E, 30 anos depois, acaba se aposentando com um valor menor também", diz Künzle. De acordo com o presidente do Apufpr, "o governo não tinha nada para apresentar". Também foi realizado um seminário das 14h às 16h para discutir a valorização do servidor público.

O indicativo de greve foi aprovado para 15 de maio, mas até o dia 10 de maio haverá assembleia de professores em cada cidade para decidir se terá ou não. Uma greve nacional tem mais peso, segundo a Apufpr.

INSS

Os serviços do INSS em Curitiba funcionaram normalmente nesta manhã, de acordo com a assessoria de imprensa do órgão.

Incra

No Incra, segundo o presidente do SINCRA e do Sindicato dos Peritos Federais Agrários (SinfPFA), Geraldo Batista, a paralisação é para chamar a atenção do descompasso existente entre discurso e política nacional. Ele diz que esta é a terceira paralisação dos servidores federais em 2012. Entre os principais pontos na pauta, está a equiparação salarial dos engenheiros agrônomos do Incra com os do Ministério da Agricultura. "Hoje recebemos 40% do salário de um engenheiro agrônomo do Ministério. Nossa última greve foi em 2008, com a mesma pauta, mas até agora, nada", disse Batista.

No prédio do Incra, de acordo com Batista, estiveram pela manhã apenas a chefia e as pessoas que ocupam cargo de segurança.

Movimentos sociais participaram de ato

O MST e o Movimento Popular por Moradia também participaram do ato desta manhã. Eles fizeram uma lista de nomes das pessoas que ocuparam o Bolsão do Sabará em fevereiro e que em março teve o mandado de reintegração de posse cumprido. Os servidores federais na passeata, em solidariedade, paralisaram o cruzamento das ruas Barão do Rio Branco e a Marechal Deodoro para que entregassem a lista a algum representante da Cohab.

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