• Carregando...
Respostas comentadas do simuladinho de Matemática |
Respostas comentadas do simuladinho de Matemática| Foto:

Foz do Iguaçu – O Paraná não registra novos casos de dengue desde 23 de junho. Os dados são do Boletim Informativo da Secretaria Estadual de Saúde, divulgado na semana passada. De acordo com o documento, os cerca de 100 exames laboratoriais que aguardavam a conclusão do laudo atestaram o controle da doença no estado: todas as suspeitas foram descartadas. A estratégia agora é manter os trabalhos de prevenção e afastar o perigo de um surto semelhante nos próximos anos.

O mesmo levantamento mostra que, desde o início do ano, 17 das 22 regionais de saúde do Paraná, acumularam 43.207 casos de suposta infecção pelo vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Destes, 20.395 foram confirmados – contra 1.067 no primeiro semestre de 2006 –, sendo 19.535 autóctones, aqueles contraídos no próprio estado. Maringá (3.718 casos), Foz do Iguaçu (1.964) e Ubiratã (1.427) foram os mais castigados entre os 144 municípios com registros da doença.

O diretor do Centro de Saúde Ambiental, Natal Jataí Camargo, alerta que a previsão é que no próximo ano, se os cuidados necessários não forem mantidos, os índices podem ser ainda maiores. "A dengue não pára. Basta a temperatura aumentar, com a mudança de estação, que a doença provavelmente vai começar a somar os primeiros casos." Campanhas de conscientização serão mantidas pelo governo do estado e para setembro estão marcadas reuniões com as regionais de saúde.

Depois da epidemia ter chegado a números alarmantes em abril, com uma média superior a 2 mil novos casos positivos por semana, a aparente calmaria não significa que o Paraná esteja livre da dengue. "Com a doença controlada, a estratégia agora é evitar novos focos e prevenir para que nos próximos meses a ameaça de epidemia não volte com a mesma força ou ainda pior", comentou o supervisor-geral das ações de combate à dengue em Foz do Iguaçu, Eran Silva.

Entre os principais motivos para a desaceleração dos índices históricos estão o clima com temperaturas mais amenas e a guerra contra o mosquito transmissor. Entre maio e junho, imediatamente após o pico do surto que resultou na morte de sete pessoas, o registro de casos de dengue no estado apresentou queda de 83,63% em relação ao primeiro trimestre do ano.

Com as constantes ondas de frio que caracterizam a estação e a pouca incidência de chuva, a expectativa é que o quadro permaneça estável. Mais que a segurança garantida pelo clima seco e de baixas temperaturas, é importante também evitar os criadouros do transmissor. Mantidas as condições ideais, os ovos do mosquito depositados em água parada e limpa podem sobreviver por até um ano, alertam os agentes de saúde.

Reforço

"De nada vale o trabalho de prevenção promovido pelas autoridades sanitárias se a população não colabora. Cada morador é um agente e precisa tomar conta dos quintais até a próxima visita", observa Silva. "Nos meses em que a doença apresenta um número maior de casos, os trabalhos são concentrados nos bloqueios das regiões mais afetadas e na tentativa de acabar com o mosquito já adulto e evitar a contaminação e a postura dos ovos."

Em Foz, o efetivo de 150 agentes que trabalharam para contar a ameaça de epidemia, agora se reveza nas estratégias de prevenção. Aqueles que estavam encarregados da borrifação do veneno com as bombas costais e outras tarefas de combate agora estão reforçando as equipes que fazem a vistoria dos quintais e terreno baldios, eliminando os possíveis criadouros do Aedes aegypti.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]