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O Paraná recebeu 13% dos recursos destinados pelo governo federal. Veja |
O Paraná recebeu 13% dos recursos destinados pelo governo federal. Veja| Foto:

Escolhidas

Veja quais cidades receberão os novos Centros de Educação Profissional (Ceep) no Paraná:

- Construção sem licitação: Assaí, Almirante Tamandaré, Bandeirantes, Campo Largo, Cianorte, Colorado, Diamante do Norte, Fazenda Rio Grande, Ibaiti, Ibiporã, Londrina, Maringá, Medianeira e Pitanga.

- Construção com licitação: Francisco Beltrão, Laranjeiras do Sul, Manoel Ribas e Terra Roxa.

- Ceep ampliado ou reformado sem licitação: Apucarana, Cascavel (4 unidades), Clevelândia, Curitiba (6 unidades), Guarapuava (2 unidades), Ibiporã (2 unidades), Irati, Londrina, Manoel Ribas, Marialva, Maringá (2 unidades), Palotina (2 unidades), Rio Negro e Santa Mariana.

- Ceep ampliado ou reformado com licitação: Arapoti e Lapa.

  • O secretário estadual da Educação, Flávio Arns, tenta agilizar o uso de recursos já disponibilizados para conseguir mais verbas

Nos últimos três anos, o governo do Paraná deixou de investir R$ 199,3 milhões disponibilizados pelo governo federal para a construção de 18 escolas técnicas, ampliação de outras 23 instituições, formação de professores e aquisição de materiais. A não aplicação do dinheiro, que continua disponível nos cofres estaduais, causou dificuldades para a captação de novos recursos federais. Ago­­ra, por exemplo, o Paraná enfrenta resistência para receber R$ 120 milhões, por meio do Ministério da Educação (MEC), para a construção de 37 escolas de educação básica.O montante que espera para ser aplicado foi liberado em 2008, por meio do programa Brasil Profissio­nalizado. Na época em que o dinheiro foi repassado, a então secretária estadual da Educação, Yvelise Arco-Verde, afirmou que os primeiros cursos seriam usados até 2011, o que não aconteceu.

De acordo com o vice-governador e atual secretário estadual da Educação, Flávio Arns, o MEC cobra mais agilidade do estado. "O MEC questiona o fato de termos uma grande quantidade de recursos federais não aplicados. E este dinheiro estava parado há três anos no Paraná. De 41 obras do Brasil Profissionalizado, apenas sete foram licitadas e nenhuma obra foi iniciada. Não poderiam ter demorado tanto, agora precisamos mostrar agilidade para que o MEC libere os recursos", afirma.

Para mostrar velocidade e conseguir liberar os recursos para a educação básica, um grupo gestor do Brasil Profissionalizado foi formado dentro da Secretaria de Estado da Educação (Seed). Ele é responsável por cuidar desde a licitação até o projeto pedagógico de cada escola. "Cinco obras já estão licitadas, estas têm condições de começar imediatamente. Outras cinco serão licitadas agora. Eu acredito que isso sinalizará ao MEC que estamos fazendo a nossa parte", explica. Entretanto, ainda não existe um cronograma definido para isso.

O programa Brasil Profissio­nalizado foi criado pelo governo federal em 2007 para fortalecer as redes estaduais de educação profissional e tecnológica. Mais de R$ 500 milhões já foram repassados pelo MEC para estimular a implementação de ensino médio integrado à educação profissional. O Paraná foi o segundo estado que mais recebeu recursos do programa para construir 18 Centros de Educação Profissional (Ceep), atrás apenas do Ceará, que inaugurou em agosto de 2010 a primeira escola, em Tamboril.

Atraso

Secretária da Educação do Paraná de julho de 2008 a novembro de 2010, Yvelise Arco-Verde explica que o atraso na aplicação do dinheiro aconteceu porque o projeto era novo para o MEC, que até então não financiava colégios de educação profissional. "Foi um aprendizado tanto para nós, quanto para eles. Foi uma dinâmica muito difícil. O dinheiro veio, mas existe esse tempo do serviço público, que é demorado", justifica.

Segundo Yvelise, o atraso não foi exclusivo do Paraná. "Não foi especifico, aconteceu em todos os estados, em Minas Gerais, em São Paulo", afirma. Para ela, o atraso não impede que o programa aconteça. "O mais difícil, que era montar uma estrutura inédita no Brasil, a gente fez de imediato. Compra­­mos os equipamentos, montamos as bibliotecas, estruturamos os laboratórios. O caminho foi traçado, fizemos os projetos arquitetônicos, conseguimos a doação dos terrenos, conseguimos fazer algumas licitações. Acredito que daqui para frente será muito mais fácil. A gente começou do zero", conclui.

Novas escolas técnicas terão 1,5 mil vagas

Os novos Centros de Educação Profissional (Ceep), a serem construídos com verba federal, terão capacidade para atender até 1,5 mil alunos. O projeto das instituições prevê biblioteca informatizada, sala para videoconferências e educação a distância, laboratórios de Ciências e aplicações práticas de educação tecnológica, auditório, parque esportivo, entre outros.

As novas unidades oferecerão apenas o ensino médio integrado com o ensino profissional. Os cursos a serem ofertados são variados e seguem a vocação regional, pesquisada pela S­­e­cretaria de Estado da Educação (Seed). "Queremos que seja algo dinâmico, que atenda às necessidades da re­­gião. Cianorte, por exemplo, é uma cidade conhecida pela indústria de confecções, portanto vamos oferecer cursos que atendam à vocação e a necessidade da região. E assim será com todas as escolas", afirma o secretário Flávio Arns.

Com as novas unidades, o Paraná passará a ter cerca de 200 mil vagas no ensino médio técnico. Segundo dados da Seed, em 2003, eram 86 escolas em 56 dos 399 municípios do estado. Atualmente, são 339 escolas em 170 municípios.

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