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Soldados apresentam-se antes da viagem para o Rio de Janeiro | Cesar Machado/Especial para a Gazeta do Povo
Soldados apresentam-se antes da viagem para o Rio de Janeiro| Foto: Cesar Machado/Especial para a Gazeta do Povo

Cerca de 500 militares de batalhões que pertencem a 15.ª Brigada de Infantaria Mecanizada, com sede em Cascavel, no Oeste, estão sendo enviados para a missão de pacificação no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. Após mais de dois meses de treinamentos intensos, na manhã desta segunda-feira (1.º) aconteceu a formatura dos militares que inicialmente ficarão no Rio por três meses, mas o período pode ser estendido.

De acordo como general Altair Polsin, comandante da 15.ª Brigada, os militares estão bem treinados, praticaram todos os exercícios previstos na preparação e vão cumprir bem o trabalho de pacificação. "Vamos, de acordo com os vários protocolos, desenvolver bem lá no Rio de Janeiro a nossa missão", enfatiza. A preparação é baseada em outras experiências militares como as missões desencadeadas no Complexo do Alemão e no Conjunto de Favelas da Penha, além da missão de paz realizada no Haiti.

São 2.380 homens do Comando Militar do Sul – Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul – que continuarão atuando na Maré, que conta ainda com um grupamento de fuzileiros navais, totalizando quase 3 mil militares.

No Rio, os militares ficarão sob o comando do general Richard Fernandes Nunes, comandante da 14.ª Brigada de Infantaria Motorizada, com sede em Florianópolis (SC).Durante a apresentação aos soldados, Nunes fez questão de chamar a atenção da tropa sobre boatos em redes sociais que, segundo ele, em nada contribuem para o trabalho das Forças Armadas. Ele lembrou que um militar já recebeu punição disciplinar por veicular no Facebook fotos da unidade e divulgar data de missão.

"Depois do episódio de sexta-feira chegou ao meu conhecimento uma profusão de postagens que não representam o grau de profissionalismo que se espera de um militar brasileiro", disse. Ele se referia ao cabo do Exército Michel Augusto Mikami, 21 anos, morto enquanto fazia patrulhamento no Conjunto de Favelas da Maré, na última sexta-feira (28).

Nunes lembra que esse tipo de situação pode ocorrer, ressalta que a morte "causou certo impacto" na sociedade, mas que a tropa está em condições de atuar e combater a criminalidade. "Estamos preparando sempre para cumprir a missão constitucional, seja ela de defesa da soberania, seja de garantia da lei e da ordem quando necessário", ressalta.

Sobre as denúncias de supostos abusos de poder por parte dos militares, o general afirmou que esteve há pouco tempo no Rio e observou que as denúncias são "manipulações de pessoas que não têm interesse algum na permanência das tropas no complexo", mas ressaltou que todas as denúncias são investigadas. "Obviamente que a nossa presença lá não agrada determinados segmentos ligados ao crime", destacou.

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