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O Paraná ficou na 10.ª posição dos estados brasileiros que apresentaram a melhor qualidade de informações relativas ao recolhimento e a apreensão de armas. O estado apresentou 74,9% de controle. O dado foi divulgado nesta quarta-feira (15) no Ranking dos Estados no Controle de Armas, levantamento realizado pela organização não governamental (ONG) Viva Rio a partir de outubro de 2008. O Distrito Federal lidera a lista. O relatório foi divulgado durante reunião da Subcomissão Especial de Armas e Munições, na Câmara dos Deputados.

Liderar o ranking, segundo o diretor da Viva Rio Antônio Rangel, não significa necessariamente que a situação da capital federal seja satisfatória. Isso é apenas uma comparação com outros estados. "Para termos uma visão mais realista, seria necessária uma comparação com outros países. Se isso fosse feito, chegaríamos a uma conclusão não tão positiva", disse Rangel.

A ideia da pesquisa é analisar a forma como as armas de fogo apreendidas pelas forças de segurança pública estão sendo conduzidas pelos estados, de modo a avaliar o desempenho de cada unidade da Federação no controle das armas apreendidas, sob sua tutela.

Por ter sido a unidade federativa que mais colaborou com informações sobre a padronização dos dados do armamento e relativas a cada caso de arma apreendida, o DF foi considerado ponto de referência (100%).

Em segundo lugar ficou o Rio de Janeiro (95,5%), seguido por São Paulo (93,4%), Pernambuco (91,6%), pelo Tocantins (88%) e Espírito Santo (83,3%). A pesquisa leva em consideração também o local de armazenamento de armas e o número total de apreensões. Os estados de Minas Gerais, de Mato Grosso do Sul e do Paraná também melhoraram sua posição no ranking, por adotar sistemas mais apropriados de recolhimento, armazenamento e guarda, com informações mais detalhadas sobre os armamentos.

"Nosso objetivo é gerar pressões para que os estados superem suas deficiências. Infelizmente Rondônia, Sergipe e o Amapá [não forneceram as informações solicitadas para a pesquisa] não têm colaborado, e isso precisa ser divulgado para que a opinião pública os leve a tornar pública as informações", afirmou o presidente da subcomissão, deputado Raul Jungmann (PPS-PE).

Segundo ele, de posse de informações sobre fabricação, lojas de revenda e entidades que compraram as armas é possível identificar como elas foram parar nas mãos de criminosos. "Boa parte tem como origem a própria polícia e em lojas autorizadas", disse Jungmann.

O início dessa pesquisa teve origem no Rio de Janeiro. "Lá havíamos identificado, em 1995, que 99% das armas apreendidas com bandidos eram originárias de apenas nove lojas", disse Rangel. A partir daí, caberia a Polícia Federal entrar em ação e investigar o porquê do desvio. Infelizmente isso ainda não foi feito e as lojas continuam atuando, completou.

A pesquisa levou em conta um universo de 238 mil armas apreendidas no país durante os últimos dez anos.

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