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Apelidado de "Bisturi de Ouro" depois de tornar-se o terceiro cirurgião brasileiro a ganhar a comenda Mérito Cirúrgico São Lucas, outorgada em São Paulo pela Fundação para o Progresso da Cirurgia em outubro de 1964, o médico curitibano Mário Braga de Abreu, falecido em 1981, estaria completando 100 anos de nascimento hoje. As homenagens começaram ontem com uma sessão solene no Hospital de Clínicas e outra na Assembléia Legislativa, e prosseguem hoje, com a abertura de uma exposição fotográfica na Biblioteca Pública do Paraná, às 15 horas, e uma missa às 18 horas na Pontifícia Universidade Católica (PUC).

Formado na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1929, aos 23 anos, um ano depois Mário Braga de Abreu já era nomeado médico da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba – assumindo a chefia da clínica da instituição em 1931. O "doutor Mário", como era chamado, também foi professor na então Universidade do Paraná e em 1933 se tornou um dos fundadores da Associação Médica do estado. "Ele deixou um legado de muito trabalho, ética e responsabilidade na medicina e à frente da Associação Médica do Paraná", comentou o atual presidente da entidade, José Fernando Macedo. "No início da minha vida acadêmica, fui assistir a uma cirurgia vascular conduzida por ele. Lembro-me da reverência com que todos o ouviam", descreve.

"Ele foi um pai muito presente, apesar da sua dedicação extrema à medicina", contou uma das filhas do médico, a socióloga Maria Isabel de Abreu Nery. A filha caçula, a empresária Maria Cristina de Abreu Bonardi, recorda que, em casa, o doutor Mário era um "paizão": "Ele se preocupava muito com a educação dos alunos e residentes, então imagine com a nossa... sempre tivemos muito carinho, foi uma convivência muito gostosa", conta.

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