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As estatísticas da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) apontam 521 casos de meningite em todo o Paraná em 2006, com sete óbitos confirmados. Das mortes ocorridas em Ponta Grossa, duas constam nos registros do controle de epidemiologia. Os dados referentes ao ano passado indicam 2.486 notificações, com 214 falecimentos. Os números estão dentro de uma média histórica, inclusive com uma pequena queda entre 2004 e 2005. Os registros do tipo viral são mais comuns – quase a metade dos casos –, mas este não é o tipo mais perigoso. Só em Foz do Iguaçu, este ano, 35 pessoas contraíram meningite viral (sem registro de mortes).

Os tipos de meningite considerados mais perigosos são os bacterianos, por meningocócicos ou pneumococos, que somaram 273 registros e foram responsáveis por 56 mortes no Paraná em 2005. Desde que o Brasil sofreu com uma epidemia, em 1975, todos os casos são notificados e investigados. O controle de algumas doenças, como caxumba e rubéola, tem ajudado a diminuir a incidência de meningite e vacinas aplicadas em recém-nascidos estão contendo os casos provocados por hemófilos. "Muita gente tem contato com os agentes, mas nem todos desenvolvem a doença", lembra a responsável pela divisão de doenças imunopreveníveis da Sesa, Nilce Haida.

Ela explica que, para a meningite meningocócica, ainda não existe uma vacina eficaz. A imunização disponível não chega a garantir proteção por um ano e acaba sendo usada quando há risco de contágio de outras pessoas que tiveram contato com doentes. Por conta da falta de imunização, Nilce destaca a importância da circulação do ar. As equipes de saúde monitoram casos suspeitos em hospitais e postos de saúde, já que a descoberta precoce é fundamental para o tratamento do paciente e para evitar novos contágios.

De acordo com a diretora de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, Karen Luhn, os casos registrados na cidade estão dentro do padrão considerado normal nos últimos anos. Anualmente há cerca de 800 notificações. Do total, aproximadamente 10% são do tipo meningocócica – que tem mortalidade variando entre 15 e 25% dos registros. (KB)

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