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Como vai funcionar

O projeto "Caminho de Volta" trabalha com um banco de DNA que é alimentado sistematicamente. Os parentes que derem queixa do desaparecimento de um familiar serão convidados a participar.

A polícia vai coletar o material biológico dos familiares (uma gota de sangue em papel especial) e saliva, que serão encaminhados para o laboratório da Faculdade de Medicina da USP. Lá, as amostras serão processadas e os dados computados no banco de DNA.

Na outra ponta, toda criança localizada sem identificação passará pelo mesmo processo. Sempre que houver uma nova inclusão, os dados de crianças e famílias serão cruzados com o objetivo de solucionar os casos de desaparecimento a partir da compatibilidade biológica.

Um projeto que ajuda na busca de crianças desaparecidas foi lançado nesta quarta-feira no Paraná. Chamado de "Caminho de Volta", o sistema prevê a montagem de um banco de DNA para dar agilidade ao processo de identificação das pessoas. O objetivo é cadastrar informações genéticas de famílias que tiveram crianças desaparecidas.

O projeto já foi implementado em São Paulo e agora chega ao Paraná por meio de uma parceria da USP com a Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp). "Caminho de Volta" irá auxiliar o trabalho desenvolvido pelo Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride) na busca de crianças desaparecidas. Hoje, segundo informações do site do governo do estado, 20 crianças estão desaparecidas no Paraná. Doze destas desapareceram antes mesmo da criação do Sicride.

Segundo a doutora da USP e idealizadora do projeto, Gilka Jorge Figaro Gattas, desde o início do projeto, em São Paulo, já existia o objetivo de levá-lo para outros estados. "A lógica deste trabalho é estar presente em todos os estados para que possamos ter o banco mais completo possível. É a concretização de um sonho e uma grande responsabilidade que assumimos", disse. O evento que oficializou o lançamento do projeto aconteceu na manhã desta quarta-feira em Curitiba. Segundo o secretário de segurança, Luiz Fernando Delazari, "o trabalho desenvolvido pelo Sicride, com 99% dos casos solucionados, foi determinante para que o Paraná fosse convidado para colocar em prática o projeto".

Além do secretário de segurança, Luiz Fernando Delazari, participaram da cerimônia de abertura, a secretária estadual da Criança, Thelma de Oliveira, o delegado geral adjunto da Polícia Civil do Paraná, Francisco José Batista da Costa, a delegada coordenadora do Sicride no Paraná, Danielle Serigheli e várias outras autoridades e profissionais.

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