O Paraná subiu de posição em um ranking indesejável: segundo dados do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, foram cometidos 352 ataques a instituições financeiras em território paranaense em 2014, 67% mais que registrado no ano anterior. Com isso, o estado superou a Bahia, tornando-se o terceiro com mais ataques contra instituições financeiras no país. Dois estados do Sudeste, São Paulo e Minas Gerais, mantiveram a liderança. Em território paulista, porém, houve queda de 4,2% nesse tipo de crime, enquanto Minas Gerais apresentou alta de quase 25% no ano passado.
Segundo os dados do sindicato, divulgados nesta sexta-feira (27), apenas do começo de 2015 até hoje, o Paraná registou 82 ataques violentos às instituições financeiras, sendo 60 deles explosões de caixas eletrônicos.
As Secretarias de Segurança Pública estaduais possuem registros descentralizados desses crimes. Há mais de um mês a Gazeta do Povo solicita essas mesmas informações à Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp) e ainda não obteve resposta. Os dados dos vigilantes são reunidos em uma parceira com trabalhadores do setor bancário.
Assustados com esse avanço da criminalidade, um grupo de cerca de 30 vigilantes protestou na Praça Santos Andrade, no centro de Curitiba, na manhã desta sexta-feira. De acordo com João Soares, presidente do sindicato, a gota d´água foi a morte de Adilson Aparecido Gonçalves, segurança de uma agência bancária de Colombo, na região metropolitana de Curitiba, nesta quarta-feira (25).
“Os bancos estão tirando os caixas eletrônicos das ruas e de estabelecimentos comerciais e os concentrando novamente nas agências. Com isso, a vida dos vigilantes está correndo mais risco”, disse.
O presidente do sindicato afirmou ainda que a entidade realizou testes e localizou cinco agências em que os detectores de metais não funcionavam. “Os bandidos podiam entrar até com metralhadoras nesses locais”, disse. De acordo com ele, a solução seria aumentar a manutenção dos detectores metálicos, melhorar as resoluções das câmeras de vigilância e instalar vidros à prova de balas nas agências. “Mas sabemos que os bancos são resistentes a essas medidas porque preferem proteger o dinheiro em vez da vida das pessoas”, disse.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirma que acompanha com extrema preocupação os ataques a caixas eletrônicos em todo o país.
“Os prejuízos decorrentes das explosões afetam a todos igualmente. A população que recorre aos 166 mil equipamentos para acessar os serviços financeiros, realizar pagamentos e efetuar saques. Afetam também as instituições financeiras que precisam reformar o local onde ocorreu a explosão, e repor os equipamentos danificados, sem reaproveitamento de peças ou maquinário”, diz o comunicado.
Além disso, a Febraban enfatiza --sem citar estatísticas nem estudos -- que houve uma queda no número de assaltos de agências bancárias entre 2000 a 2013, atribuído aos investimentos em segurança física, que passaram dos R$ 3 bilhões em 2002 para cerca de R$ 9 bilhões em 2013.
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