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Vidraço - Crianças aprendem sobre reciclagem de vidro

Cerca de 3 mil alunos das redes municipal, estadual e particular de ensino participaram ontem do 2.º Vidraço (Programa de Incentivo à Reciclagem de Vidro). O objetivo do evento, realizado durante todo o dia no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, foi apresentar o ciclo do vidro, da fabricação até sua destinação final.

Por meio de um circuito, os estudantes puderam perceber a origem do vidro (formado por 72% de areia e 28% de minerais), a fabricação e o consumo. Também foi levantado o problema da pirataria no setor, em que embalagens acabam sendo reutilizadas por outras empresas de maneira ilegal. Apresentações teatrais e um concurso de desenho chamaram a atenção da criançada para a necessidade da reciclagem. "Aprendi muitas coisas. Não sabia que podia reciclar vidro", diz a estudante Aléxia Cristina Aires da Silva, 8 anos.

O Vidraço teve início em agosto, quando foi realizada a primeira edição, em Foz do Iguaçu, pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema). Uma semana após o evento, a cidade recolheu 54 toneladas de vidro que iriam para o aterro sanitário municipal. A Sema estima que cada pessoa gere meio quilo de vidro todo mês e que apenas 40% deste material é reciclado. (BMW)

A criação de dois parques estaduais no Paraná foi confirmada ontem pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante a reunião semanal do governador Roberto Requião com seu secretariado, no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba. Com a assinatura dos decretos, uma área total de 9 mil hectares irá se tornar Unidade de Conservação (UC) no estado.

As novas áreas a serem criadas são o Parque Estadual Vale Codó, em Jaguariaíva, e o Parque Estadual de Palmas, em Palmas. A ministra também anunciou a ampliação em 6,4 mil hectares do Parque Estadual do Pico Marumbi, que irá de Morretes à Serra da Baitaca, em Quatro Barras; e em 1,5 mil hectares, do Parque Estadual do Cerrado, em Jaguariaíva.

A medida considerada mais importante pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema), porém, foi a assinatura do Termo de Cooperação Técnica para a inclusão do Paraná no Zoneamento Ecológico Econômico Nacional. O zoneamento, que delimita as áreas a serem preservadas e aquelas em que o plantio é permitido, ainda não foi feito pelo estado.

Segundo a ambientalista Teresa Urban, o levantamento foi prometido na gestão anterior do governador Roberto Requião, em 2003. "Existe uma legislação obrigando os estados a fazer o zoneamento que tem oito anos. A medida estava no programa de governo no primeiro mandato de Requião. Ela é necessária e urgente para proteger os remanescentes", afirma. O estado tem 14,14% da cobertura florestal, segundo a Sema.

Por meio do acordo assinado ontem, o zoneamento deverá ficar pronto e aprovado pela Assembléia Legislativa em aproximadamente três anos. "O estado de Rondônia levou 15 anos para implantar o estudo. O mais importante é que vamos dizer onde se planta e onde se instala indústria", diz o secretário do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues.

O Paraná será o primeiro estado da Região Sul do país a realizar o levantamento. Para a ministra Marina Silva, construir o zoneamento no estado é um desafio. "Temos uma larga experiência de zoneamento na Amazônia, Acre, Rondônia e Mato Grosso, mas num estado como o Paraná, em que a área de desenvolvimento já está consolidada, é um processo inicial e que deve servir de margem para outros."

Conferência

A ministra aproveitou a vinda ao estado para lançar a 3.ª Conferência Estadual do Meio Ambiente. Também foi lançado o programa de monitoramento ambiental via satélite, e assinado o novo decreto de estímulo à criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) e o Pacto 21 Universitário. Já a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) apresentou a proposta de criação do Clube de Serviços para ações na preservação do meio ambiente.

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