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A Fundação Nacional de Saúde (Fu­­nasa), ligada ao Ministério da Saúde, anunciou ontem a liberação de R$ 2,2 bilhões a fundo perdido para obras de saneamento bá­­sico em 3.116 municípios do país. No Paraná, 66 cidades foram contempladas com recursos, que devem ser usados exclusivamente na ampliação da rede de esgoto, no abastecimento de água e na construção de banheiros nos domicílios.

Os investimentos fazem parte da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) e contemplam municípios de até 50 mil habitantes. No Paraná, a maior parte dos R$ 192,2 milhões irá para obras de coleta e tratamento de esgoto (veja infográfico).

Apesar de vultosos, os recursos ainda são insuficientes para atender à demanda por saneamento, que aparece à frente de outras ne­­ces­­sidades básicas, como energia e abastecimento de água no país. Segundo o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 1,14 milhão de domicílios paranaenses não tem co­­leta de esgoto ou fossa séptica, o que representa 34% das residências no estado. A falta de infraestrutura básica contribui para cenário mais alarmante: 240 mil paranaenses vivem em casas sem banheiro.

As obras previstas pela Funasa devem começar a sair do papel a partir de 2012. Os municípios têm até 29 de fevereiro para licitar as intervenções previstas. Para ter acesso aos investimentos, as cidades tiveram de apresentar projetos.

Comemoração

Paiçandu, no Norte do estado, com 35,9 mil habitantes, aparece no topo da lista dos municípios que receberão o maior aporte de recursos. Segundo o secretário de Plane­jamento da cidade, Wiliam Ama­deu Izepão, as obras vão permitir que 93% de domicílios sejam atendidos pela rede de esgoto.

"O benefício direto (das obras) será a não contaminação do nosso subsolo, que é rico em água mineral. Além disso, diminuiremos muito o nosso atendimento hospitalar devido aos diversos problemas de saúde causados pela falta da rede de esgoto", prevê Izepão.

Em Colorado, município de 22,3 mil habitantes quase na divisa com São Paulo, os investimentos serão de R$ 8,7 milhões. Segundo o prefeito Marcos Mello, os recursos atendem a "um sonho de mais de 30 anos".

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