• Carregando...

Avanço

Mortalidade infantil cai para 10,6 no Paraná

O Paraná teve queda de 80% na taxa de mortalidade infantil nos últimos 33 anos, segundo o IBGE. Se em 1980 o estado tinha a décima menor mortalidade infantil, com 54 mortes de crianças a cada mil nascidas vivas, em 2013 esse número caiu para 10,6, a quarta menor do país. Nesses dados, o estado também permanece, em relação ao Sul do Brasil, com a maior mortalidade na comparação com os vizinhos Rio Grande do Sul (10,5 mortes) e Santa Catarina (10,1). No Brasil, o índice ficou em 14,6 . O Maranhão possui a maior taxa, com 24,7 mortes e Santa Catarina tem o menor índice. Segundo o professor Francisco Mendonça, da UFPR, a melhoria no sistema de saúde, em hospitais e laboratórios faz com que o estado melhore os índices. "O Paraná se industrializou a partir dos anos 1990. Essa industrialização nas regiões metropolitanas foi fundamental para as melhorias nos serviços públicos", diz.

O Paraná avançou 12,1 anos na expectativa de vida da população entre 1980 e 2013, taxa que subiu de 64 para 76,2 anos, segundo a Tábua de Mortalidade divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre os estados do Sul, foi o maior avanço do período e o estado se aproximou dos vizinhos da região. O avanço, contudo, foi menor do que a média nacional (12,4) e ficou abaixo de estados do Nordeste. O estado continua com a menor expectativa de vida da Região Sul, mas está mais próximo dos vizinhos Rio Grande do Sul (76,9 anos) e Santa Catarina (78,1).

Na análise do professor de Geografia Francisco Mendonça, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o aumento na expectativa de vida do paranaense é um reflexo da maior industrialização do estado e das políticas públicas voltadas para serviços e áreas sociais. "Aqueles governos que tiveram enfoque mais para o lado social melhoraram esses números", diz.

Em âmbito nacional, o Paraná tem a sétima maior expectativa de vida do Brasil, atrás de Santa Catarina (78,1 anos), Distrito Federal (77,3), São Paulo (77,2), Espírito Santo (77,1), Rio Grande do Sul (76,9) e Minas Gerais (76,4).

Homens e mulheres

As mulheres estão vivendo cada vez mais em comparação com os homens no Paraná, segundo a Tábua de Mortalidade do IBGE. A diferença de expectativa de vida entre os dois sexos subiu de 5,2 anos para 6,8 anos no período analisado.

Em 2013, as mulheres nascidas no Paraná tinham expectativa de vida de 79,6 anos contra 72,8 anos dos homens. Os números na média nacional não são tão diferentes. No Brasil, cresceu de 6,1 anos para 7,3 anos a diferença de expectativa entre homens, que tendem a viver até 71,3 anos em média, e mulheres, que vivem 78,6 anos.

O aumento da diferença está associado, segundo análise do professor Mendonça, ao aumento da violência urbana, ao tipo de trabalho ao qual o homem está exposto e ao fato de as mulheres cuidarem mais da saúde.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]