Para a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), as sugestões da Conab para o escoamento de grãos são prematuras. "É difícil acreditar que a Conab tenha este posicionamento. Presumo que há aí um erro crasso de um técnico totalmente desconhecedor da logística portuária, do que se planta no Centro e no Sul do Brasil e da eficiência dos portos da nossa região. É inegável a necessidade de agregarmos valor às nossas cargas exportadas, assim como é impensável que num cenário de pelo menos 20 anos não se exporte commodities agrícolas pelos portos do Sul e Sudeste", afirmou o gerente de planejamento da Appa, Daniel Lúcio Oliveira de Souza.
Segundo Souza, os portos do Norte e do Nordeste não têm como escoar a produção agrícola. "É prematuro achar que os portos do Norte tenham uma rede de modais eficiente e de custo baixo, que possam competir com os portos atuais", afirmou. Para ele, essas estruturas poderão ter papel no escoamento depois de investimentos em um terminal de granéis em Guaíra, para recepção de commodities pela hidrovia do rio Paraná, além da integração ao trecho ferroviário a ser construído entre Guaíra e Cascavel. "O porto de Paranaguá continuará sendo imbatível no embarque da grande produção nacional de grãos", declarou. Souza citou ainda o prêmio conquistado pela Appa pelo projeto "Paranaguá: a fila andou", concedido pela Associação Brasileira de Movimentação e Logística (ABML) na categoria de projetos especiais.
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