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Os caminhões fazem parte da paisagem de Paranaguá. A cidade tem uma frota própria de cerca de mil veículos e recebe outros 7 mil por mês na época da comercialização da safra agrícola (entre março e setembro) graças à movimentação de grãos, contêineres e produtos no Porto de Paranaguá. Mesmo durante o verão o fluxo médio men­­sal é de 5 mil caminhões, se­­gundo a Ecovia, a concessionária que administra a BR-277.

O problema causado pelos caminhões se concentra em três locais: Emboguaçu, Vila do Povo e Vila Nova. Desde a metade do ano passado a prefeitura proibiu a passagem de caminhões em algumas vias, mas algumas dessas ruas têm armazéns de carga e a passagem de carretas é necessária.

"Estamos sendo multados na porta dos armazéns", reclama Eder Camargo, presidente da Coopadubo, a cooperativa de caminhoneiros que fazem o transporte de produtos entre o porto e os armazéns. A chefe do Departamento Municipal de Trânsito de Paranaguá, Márcia Garcia, reconhece a dificuldade e conta que a Avenida José Costa Leite e a Rua Tuffy Maron poderão ser liberadas para o tráfego de caminhões. Nos bairros, só caminhoneiros com espaço próprio para estacionar podem ir com o caminhão para casa. Estacionar na rua é proibido.

A construção de uma rotatória há poucos dias no quilômetro 5 da avenida Ayrton Senna (continuação da BR-277) poderá resolver boa parte do problema. Segundo o secretário de Obras, Juliano Vicen­te Elias, agora os caminhoneiros podem chegar aos pátios de quatro grandes armazéns sem passar por ruas residenciais. "De 15 a 20 mil pessoas foram beneficiadas", diz.

Ele cita outros dois problemas: a competência de manutenção para cada trecho e o custo de reforma do asfalto. Juliano estima gastos de R$ 10 milhões por ano com asfalto a quente (mais resistente), cerca de R$ 600 mil só na avenida Ayrton Senna, que seria de competência estadual e está fora do trecho de concessão da Ecovia.

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