Os parentes das vítimas do acidente com o Airbus da TAM, ocorrido em julho de 2007, em São Paulo, realizaram na tarde de hoje (23), uma manifestação no Aeroporto de Congonhas para lembrar o 16º mês do acidente que matou 199 pessoas.
Durante o ato, os manifestantes caminharam por todo o saguão do aeroporto carregando faixas e cartazes com as fotografias dos familiares e protestaram em frente aos balcões de check-in da TAM. Para homenagear as vítimas, eles desenharam um coração com pétalas de rosas e cantaram no saguão principal do terminal.
Segundo o presidente da Associação das Famílias e Amigos das Vítimas do Vôo TAM JJ3054 (Afavitam), Dario Scott, o objetivo da manifestação foi alertar a população para os riscos de voar sem segurança e reforçar o indiciamento das pessoas como responsáveis pelo acidente.
"O que estamos fazendo aqui é o que temos feito durante os 16 meses: trazer informação para a população. Que eles fiquem atentos e nos ajudem a cobrar para que tenhamos um serviço mais seguro para todos nós, afirmou.
Os familiares estiveram reunidos em um hotel da capital paulista durante todo o final de semana. O principal assunto discutido por eles foi a mudança da tipificação do crime de homicídio culposo para atentado contra a segurança do transporte aéreo, pelo qual foram indiciadas 10 pessoas ligadas Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) e TAM.
Dos dez indiciados, cinco deverão comparecer ao 15º Distrito Policial entre segunda e terça-feira para serem notificados formalmente. Os outro cinco serão notificados por carta precatória.
Os parentes das vítimas também questionam a responsabilização dos pilotos, já que que as investigações do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e da Polícia Civil não são conclusivas sobre a posição dos manetes.
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