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Arthur Maia (União-BA) sugeriu que o jornalista descredenciado se retrante parante a CPMI dos atos de 8 de janeiro para obter o acesso à comissão.
Arthur Maia (União-BA) sugeriu que o jornalista descredenciado se retrante parante a CPMI dos atos de 8 de janeiro para obter o acesso à comissão.| Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

O presidente da CPMI do 8 de janeiro, Arthur Maia (União-BA), começou a reunião desta terça-feira (29), esclarecendo sobre o ato assinado por ele que censura os jornalistas que acompanham a comissão ao proibir “a captura de imagens de conteúdo privado de terceiros sem autorização”.

A decisão se deu depois que o fotógrafo da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), Lula Marques, foi descredenciado para acompanhar as atividades da comissão por divulgar em suas redes sociais uma foto da tela do celular do Senador Jorge Seif (PL-SC). No registro, é possível ver a conversar do senador com uma jornalista sobre o mandado de busca e apreensão de Jair Renan Bolsonaro.

Após uma provocação do deputado federal Paulo Magalhães (PSD-RJ) solicitando a reconsideração do descredenciamento do jornalista, Maia sugeriu uma possível retratação. “Se esse jornalista se retratar perante a comissão e se comprometer a não cometer esse tipo de atitude, não há problema. Fora disso, nós manteremos essa posição”, pontuou Maia.

O presidente da CPMI excluiu do ato o inciso que impedia a imprensa credenciada na comissão de divulgar “informações privadas ou classificadas como confidenciais pela Comissão Parlamentar de Inquérito sem expressa autorização”. Maia considerou que nem sempre é possível saber a origem da divulgação de documentos sigilosos pela imprensa.

O senador Jorge Seif, alvo da foto publicada, pediu que os pares fizessem um “exercício de empatia”. “Se o seu celular fosse fotografado e exposta uma conversa sua com uma assessora. Qual seria a sua atitude? Eu, na verdade, quero parabenizar o senhor [deputado Arthur Maia] pela decisão”.

Para o senador Esperidião Amin (PP-SC), os próprios parlamentares é que devem se cuidar e evitar exposições. “Isso é trabalho do jornalista, a gente é que tem que se cuidar. Isso não é invasão de privacidade. Eu é que estou expondo a minha privacidade quando fico fazendo cineminha ou passando mensagem sem ter o cuidado”, reiterou Amin. O deputado Rogério Correia (PT-MG) e a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) também se manifestaram favoráveis à imprensa.

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