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Passageiros que estavam dentro de aviões tiveram que desembarcar

A greve dos controladores de vôos que paralisou os aeroportos de todo o país pegou os passageiros de surpresa no aeroporto de Brasília, onde começou a paralisação. Alguns que já haviam embarcado nos aviões tiveram que desembarcar porque a decolagem havia sido cancelada. As empresas aéreas estão se recusando a fornecer hospedagem para os que não conseguiram decolar nos vôos previstos. Elas alegam que, como a greve é dos controladores, a suspensão dos vôos não seria de responsabilidade das empresas.

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Os passageiros de aviões com pousos e decolagens programados para sexta-feira no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, enfrentaram atrasos e cancelamentos de vôos. A neblina, tanto pela manhã quanto no final da noite, e a greve dos controladores de tráfego aéreo foram os motivos para que centenas de pessoas amargassem horas e horas à espera dos aviões.

No início da noite, os controladores de vôos do Cindacta 2, responsável tráfego aéreo na região Sul, decidiram aderir à greve nacional. Os profissionais ficaram aquartelados na unidade. Fontes ligadas aos militares não souberam informar se os controladores iriam aderir à greve de fome, medida já tomada em outras regiões do país.

No Cindacta 2 atuam aproximadamente 70 controladores de tráfego aéreo, além de 18 supervisores. Todos são militares. Apesar da adesão à paralisação nacional, o vôo da TAM 3334 com destino ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, decolou às 21h25 do Afonso Pena.

Das 17h até as 23h50, horário do último vôo, estavam previstos 33 pousos e 31 decolagens. A situação que já era ruim piorou às 21h40, quando o Afonso Pena fechou para pousos e decolagens por conta da neblina que cobriu o aeroporto. As aeronaves que já tinham saído de suas origens para pousar em Curitiba tiveram que desviar suas rotas.

Até as 22h, segundo a Infraero, seis vôos estavam com atraso superior a uma hora e outros 16 com atraso entre 15min e uma hora. Três vôos, um da GOL e dois da TRIP, foram cancelados. O resultado no fim da noite foi uma enxurrada de vôos atrasados e passageiros insatisfeitos. Apesar do caos, a situação no Afonso Pena era relativamente tranqüila, sem registros de tumultos.

Antes mesmo de fechar o aeroporto Afonso Pena, muitos passageiros já faziam filas nos balcões das companhias para tentar remarcar suas viagens - isso porque o problema em todos os 49 aeroportos comerciais do Brasil já tinha vindo à tona.

O nevoeiro serviu, literalmente, como uma cortina de fumaça para os problemas de atraso no Afonso Pena. Isso porque, os vôos previstos para decolar dependiam do pouso das outras aeronaves vindas de outros estados, mas com todos os aeroportos do Brasil fechados, não haveria pousos e por conseqüência as decolagens sofreriam atrasos ou seriam canceladas. Confusão na madrugada

A neblina que fechou o Afonso Pena na noite de sexta já tinha provocado atrasos e cancelamentos pela manhã. O aeroporto em São José dos Pinhais, fechou para pousos na madrugada desta sexta e causou quatro cancelamentos de vôos. Os passageiros queriam embarcar e houve muita revolta no aeroporto, que fica em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Os passageiros protestaram em frente aos balcões de check-in das empresas para tentar o embarque. Segundo a Infraero, o terminal aéreo ficou fechado para pouso das 0h05 até as 1h31.

Números de sexta-feira

Das 6 até as 22 horas desta sexta-feira, a Infraero registrava seis vôos cancelados e 65 com atraso. Destes, 18 sofreram atrasos superior a uma hora e outros 47 com atrasos entre 15min e uma hora.

Na quinta-feira (29), oito vôos foram cancelados, sendo que os 4 últimos geraram revolta dos passageiros. Segundo a Infraero, a neblina deixou a situação abaixo dos mínimos exigidos para operação pelo ALS categoria II.

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