São Paulo - Ainda neste ano deve começar a ser emitido o passaporte com chip no Brasil. A nova tecnologia irá armazenar dados biográficos (nome, data de nascimento, sexo etc.) e biométricos (impressões digitais e fotografia do rosto) com mais qualidade e segurança, de acordo com a Polícia Federal.
O passaporte azul, emitido atualmente, contém dados biométricos, mas a fotografia possui resolução baixa em comparação com a fotografia que será armazenada no passaporte eletrônico, ou e-passaporte, como será chamado o novo documento. A ideia é inicialmente testar a tecnologia no aeroporto internacional de Brasília a partir de dezembro.
"Vamos ter a segurança do chip, que dificulta o acesso aos dados, afirma Eduardo de Mattos Hosannah, chefe da Divisão de Documentos e Viagens do Ministério das Relações Exteriores.
Segundo ele, outra vantagem é que será mais difícil falsificar o e-passaporte. "O código de barras do passaporte azul, o atual, era uma segurança quando não havia o chip.
Além da segurança, o chip promete mais rapidez no processo de migração. Em aeroportos cada vez mais superlotados, a tecnologia agiliza as filas ao não exigir conferência por um funcionário a previsão é que o passageiro seja liberado em até oito segundos.
Economia de gastos com pessoal e de espaço necessário para o controle de fronteiras nos aeroportos e filas menores estão entre as vantagens citadas pela PF. Mas, para o turista, a novidade significa abrir mais o bolso. De acordo com a Polícia Federal, o atual valor para emissão do passaporte, de R$ 156,07, subirá em dezembro porque será reajustado o órgão não informa de quanto será o aumento.
Atraso
O agendamento para pedir um passaporte brasileiro na região metropolitana de São Paulo demora atualmente em torno de 22 dias. Esse período, somado a mais seis dias úteis para processar a papelada, resulta em quase um mês até a entrega do documento ao portador. Apesar de o tempo ser ainda longo, a PF comemora: a espera foi de até 80 dias no segundo trimestre deste ano. A demora ocorreu por causa de dois problemas: a troca da empresa responsável pela coleta de dados, no início do ano, e um aumento inesperado dos pedidos de passaporte também agravou a situação. Nos três primeiros meses de 2010, foram 71.400 pedidos de novos passaportes contra 60.320 em 2009.
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