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Vídeo | Reprodução / Paraná TV
Vídeo| Foto: Reprodução / Paraná TV

Foz do Iguaçu – Centrais sindicais do Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai mobilizaram, ontem, cerca de 3 mil pessoas na Marcha do 1.º de Maio Internacional, evento organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Paraná. Caravanas do Paraná e países vizinhos reuniram-se próximo da Ponte da Amizade e seguiram em passeata até o gramadão da Vila A, onde se concentraram as festividades pelo Dia do Trabalho encerradas com o show do grupo de rock Titãs.

Com o lema "A Integração e a Emancipação Latino-Americana Correm em Nossas Veias", trabalhadores de diversas categorias chamaram a atenção para a necessidade urgente da união e do debate conjunto sobre os problemas comuns dos países do Conesul. "A classe e o governo devem ficar fora das disputas entre as multinacionais. Temos que lutar pelas nossas reivindicações", ressaltou o presidente estadual da CUT, Roni Anderson Barbosa.

Para ele, a questão emergencial neste momento seria a solução para os reflexos negativos gerados pelo cerco ao contrabando na fronteira. Segundo Barbosa, as mudanças que podem levar a uma oferta maior de empregos e às condições ideais para a melhor distribuição de renda precisam de base cultural. "Temos que pensar em currículos escolares parecidos, que resultem em uma formação profissional semelhante, além de um sistema de previdência integrada. Como um brasileiro que trabalha no Paraguai, por exemplo, se aposenta?", questionou.

A falta de assistência e garantias trabalhistas para estrangeiros, principalmente em regiões de fronteira, também é apontada como um problema crônico pelas organizações sindicais paraguaias. "Em Ciudad del Este, cerca de 8 mil brasileiros trabalham sem qualquer amparo legal, direito ou estabilidade."

Para o vice-presidente da CUT-Paraguai, Aldo Snead, a perseguição aos trabalhadores rurais brasileiros no Paraguai é outro problema que precisa da intervenção do governo federal. Agricultores que se instalaram no país nas últimas décadas vêm sendo ameaçados e expulsos das terras que adquiriram legalmente. "O governo paraguaio parece conivente com esta situação. O Brasil tem que intervir e defender seus cidadãos da tragédia que se aproxima. A única ferramenta é a unidade e a aliança com os trabalhadores."

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