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São Paulo – Apesar do vento, da garoa e do frio de 9 graus registrados ontem em São Paulo, cerca de 6.500 pessoas, segundo a Polícia Militar, participaram da manifestação em homenagem às vítimas de acidentes aéreos e aos bombeiros que trabalharam no resgate. A manifestação também iniciou uma mobilização nacional pela segurança aérea, e mostrou a indignação de paulistanos contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Não sou amiga nem parente de nenhuma das vítimas. Mas fui à caminhada porque sou brasileira, porque tenho que protestar contra o governo Lula, que não sabe de nada e não faz nada", disse a secretária bilíngüe Maria Elisa Vanzo, 59, que foi à caminhada sozinha.

Assim como a maioria dos manifestantes, Maria Elisa vestiu roupa preta "dos pés à cabeça" em sinal de luto e levou flores, que foram depositadas em frente ao prédio da TAM Express atingido pelo Airbus-A320 no dia 17 matando cerca de 200 pessoas. Além das roupas pretas, alguns manifestantes usaram nariz de palhaço e outros levaram faixas com nomes das vítimas ou com frases de protesto ao governo Lula.

A caminhada de ontem partiu do Monumento às Bandeiras, próximo ao Parque do Ibirapuera, na zona sul da capital, por volta das 9h30, com destino ao local do acidente com o avião da TAM.

Os organizadores da manifestação contra o caos aéreo e em homenagem às vítimas do acidente da TAM, pediram que a população não viaje no próximo dia 18 de agosto (sábado) e agendaram para o mesmo dia uma nova passeata repetindo o trajeto entre o Monumento às Bandeiras e o Aeroporto de Congonhas.

Segundo um dos organizadores da mobilização, Márcio Neubauer, do Cria Brasil, esta foi a primeira fez que a Defesa Civil autorizou a aproximação ao local do acidente. Depois de fazerem um longo período de silêncio, os participantes rezaram o Pai Nosso. Depois, bastante emocionados, os manifestantes cantaram o Hino Nacional e deram uma salva palmas ao bombeiros, "verdadeiros e uns dos poucos heróis do país", conforme expressou Neubauer.

Durante o ato, três aeronaves passaram sobre o local. Uma delas era da TAM e provocou gritos e vaias dos presentes.

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